terça-feira, 20 de setembro de 2016

Quaisquer novidades

Os solos das primeiras guitarras ainda crepitavam no palco quando as naves de Colombo aportaram o Novo Mundo e aqui depositaram as bactérias que formariam o painel da conformação dessa gente. Foram dias de expectativa até despontar nos silvícolas consciência inconsciente que produzisse a sucata de carros importados que ora empanturra revendas e revendas e mexem os nervos dos chefões da barriga cheia. Dias e noites correram dos navios ao chão, trazendo os espelhos e as fitas, enquanto carregavam dos rios pedras preciosas, madeira e metais, depois voltados ao serviço mercantil do Velho Continente faminto de moral.

Nisso a mania de explorar os incautos persiste na ganância daqueles dominadores por séculos e séculos. Horas de cólica política vezes sem conta nutrem de esperança as marionetes do voto, vítimas das próprias fortunas pensas. Meros negociantes de tomar o que é dos outros viraram os interesseiros dirigentes. A qualquer custo invadem territórios e já se tornam fregueses naturais. Uns aparelhinhos azulados, que brilham no escuro distraem os protagonistas que acham e os jogam na ilusão feitos autores adormecidos de destinos largados fora do movimento. Agem quais falsos agentes de mudanças impossíveis, porquanto entregam aos velhos corsários o direito de reverter tal quadro e mostrar força teriam os silvícolas viciados nos de espelhos e latas enferrujadas.

Acreditassem de verdade no poder que possuem e o mundo seria bem outro menos agoniado, inseguro, ignorante, trágico. Trabalhassem o dever da cidadania, sem se prostituir e depositassem nos sonhos da perfeição a balança do equilíbrio social.

Porém quanta irresponsabilidade na alienação das massas desses tempos perdidos e sufocantes. Tanta imprudência com a carne alheia que carrega nos ossos, tanta indiferença perante as leis, e oportunidades mil atiradas ao lixo. Padecem e abandonam a possibilidade das conquistas. Entretanto os milênios seguem oferecendo chances de reverter o processo histórico por meio das urnas, ao sabor das ações pessoais de uma solidão coletiva.

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