Nesse acalmar de pensamentos vêm as palavras, e, logo em
seguida, os sentimentos diversos. Círculo perfeito de tempo, passam livre de
sentido, desde gestos mínimos a mergulhos mais profundos na carcaça dos
mistérios. Logo, haustos de reconhecimento e quase nenhuma certeza, no entanto
isto face equivale aos sons da compreensão, ainda perdidos nas providências sem
atitude, algo assim feito de restos do que se foi e insistência dos cacos de
passados escondidos na lama da inexistência.
Mesmo que seja desse modo, salvos mínimos acalantos deixados
de lado, as artes reconhecem a velocidade do vento e reúne em volta
oportunidades intensas. Alimentam de virtude mesmo as frestas do Infinito que
ora percorremos sem jeito, meras testemunhas dos filmes antigos e das noites enluaradas
vividas ao sereno. Segredos sussurrados aos ouvidos dessa eternidade que o
somos, nutrimos de saudade o feixe de solidão que nos percorre as veias a todo
instante.
Tais frequentadores de lojas imensas de tudo quanto há, percorremos
todos os corredores do Destino e saboreamos as notas das mais lindas melodias, suaves
autores de si mesmos. Destarte, formulamos as normas que seguem existências
adiante, olhos fixos em loas de felicidade.
Conquanto resolver a equação da esperança ser-se-ia o gesto
fundamental dos firmamentos, apenas largamos de novo a essência de viver, quais
senhores impossíveis de nós. Com isto, as palavras rasgam o véu das horas e
permitem exercitar o gesto mínimo de estar aqui e contemplar velhos padrões de
toda geração que sustenta o itinerário do que sumiu para sempre.
Noutras vezes, sabemos da correnteza que significamos, e, astutos,
desejamos dominar esse poder original feitos pequenos seres em trajes de beduínos
espalhados pelos desertos afora. Somar. Diminuir. Voar. Desaparecer pelos
campos. Vastidão inigualável que desmancha constantemente a floresta de quantos
outonos, deliramos dentro das almas que fogem pouco a pouco nos traços de nunca
ou jamais.
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