Deixar gravado no próprio ser e sobreviver a tudo, eis o que chamam caminho da Salvação. Nós conosco mesmos em permanente atenção nesse processo de adquirir as normas do Infinito na carne viva. Marcas serão ali deixadas em código secreto, na consciência, nas agruras do movimento incessante. As horas, o que sejam, se inserem na presença que o somos e nos trouxe até aqui na forma de véus. Noites e dias. Num processo de constante superação, que os humanos são assim, pequenas mechas de um todo universal enigmático. Palmilhar, palmilhar sempre, nesse aparente deserto das existências e avaliar o melhor jeito de construir a moradia no eterno. Constituir as possibilidades em forma de todos os gestos. Ver, pensar, sentir, agir... As palavras podem falar um tanto nisso, contudo seremos os heróis desse destino inesperado que elaboramos das oportunidades e as transformamos em moléculas de um princípio inevitável que nos traz ao instante e exige atitude.
Símbolos, sinais em narração que contam de outras dimensões
além do céu que observa o procedimento das criaturas. Olhares vagos de quem
ainda dorme sob as nuvens de um mar sem fim, às vezes calmo, doutras em
tempestade. Quiséssemos ou não, todavia seremos tais barcos sorrateiros à deriva
na fronteira do absoluto. Do pouco que possamos vislumbrar, haveremos de ser
testemunhas do que disso receber os frutos. Aspectos individuais, pois,
norteiam o que sejamos diante do espelho do Tempo e daquilo que desejamos. Nós,
as escrituras que perfazem as individualidades e mostram a que viemos face a
face do mistério às nossas mãos. Ao romper o silêncio desse pulsar incessante,
desvendamos a escrita daquilo que fizemos a todo momento. Noutras palavras, ser
os relatos de nossos desejos e realizações, e seus resultados a qualquer
ocasião quando despertar deste sonho de profunda transformação nas almas em órbita.
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