O que liga a inexistência à existência, esse traço de união presente com a infinitude, o Tempo. E quão poucos disto têm noção. Meras fagulhas de consciência e as ausências se configuram, a tomar conta de tudo quanto há no presente constante. A percepção essa significa a essência da Eternidade. Assim, o que resta de poder aos seres senão o domínio desta compreensão e aceitar a existência tal norma de reconhecimento da realidade?! Até então, serão os dramas e as ilusões das histórias pessoais durante as eras infinitas.
Outro senso significa pura imaginação, longe do real conceito
de existir e disso utilizar a fim de preencher o vazio de todo
momento. Este silêncio a ser obtido mediante a identificação do ser em si, eis
tudo o que resta no âmbito das libertações de vidas e vidas, inteiramente sob o
domínio absoluto do Tempo. Algo tal que demonstra o mistério representativo das
horas em nós, e ocupa o espaço entre a matéria e o espírito, a que estamos
aqui em busca de tradução. A Consciência é esse instrumento através de que revelaremos
a finalidade precípua de viver.
Os sons falam com intensidade a respeito desse universo
interno das existências, a circular o pensamento de sinais inesperados em
volta. Bem isto, pelos fenômenos da Natureza. Desde a música do vento aos ruídos
intermitentes dos pássaros, das folhas nas árvores, das movimentações humanas,
longas falas que avisam do sentido inevitável do Tempo pelas horas que nunca
cessam.
Por mais que desejemos, algo dorme dentro de nós, a pedir satisfação
desse mistério tenebroso que avança ao Infinito e reclama de todos o poder de,
um dia, interpretá-lo e, nisto, resolver o código da evolução. Nele, no Tempo,
habitam os heróis de uma sobrevivência eterna.
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