Numa espécie de mergulho em si próprio, vale considerar algumas avaliações quanto aos pensamentos. Eles nascem sucessivamente em nosso ser quais sementes que brotam em um território desconhecido. Estão aqui. Fazem de nós suas raízes. Nalgumas horas, até parece que somos os seus autores. E é possível que sim. Noutras, algo nos invade vindo não sei de onde, a fustigar a sorte dos nossos momentos à força de invasões sequenciadas. Mexem. Machucam. Tomam de conta da presença do que seremos logo a seguir. Perduram desde que deixemos que prevaleçam sobre as nossas decisões.
Eles fazem de tudo a fim de sobreviver independentes, na fome de querer nos dominar a qualquer custo. Mas temos vida e podemos determinar.
Controlar. Criar novas condições.
De algum lugar eles vêm. Tais emitidos doutras mentes, chegam
sorrateiros e buscam estabelecer um poder que seja de sua predominância. A
disposição individual, no entanto, oferece os meios de controlar suas ações internas
aonde nos identificamos. Essa procura de compreender o modo de funcionamento
dos pensamentos acompanha a jornada de todos nós.
Existem conceitos diversos a propósito do mecanismo mental,
daí as tantas escolas. Igualmente, por mais nasçam teorias, apenas a forma de
exercitar significa o que isto representa do todo pessoal. Em horas distintas,
podemos vislumbrar determinados princípios, o que a existência oferece de
recurso de evolução.
Na faixa estreita de presenciar o sentido de viver, ali
circulam as ideias e aportam sinais que se transformam em matéria de memória; que são eles. Por vezes, meros tumultos emocionais. Assim, nessa teia do imaginário,
observamos os distintos acontecimentos em pulsações intermitentes. Filme
constante, os pensamentos percorrem nossas casas internas e moram conosco no
fluir das estações. Frações de tempo os partilham com argumentos nítidos
ou dúvidas sofisticadas.
Os fragmentos das individualidades, pois, desfilam aos pensamentos na forma abstrata do que criamos nessas traduções de mundo. Ainda que ausentes deste plano físico, o ser prevalece e constrói o destino a olhos claros nos pensamentos incessantes..
(Ilustração: O pensador, de Rodin).
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