Para o Amado, o herói e o tolo são a mesma coisa. Rumi
Sabe-se bem dos limites humanos. Aonde olhar e perdura o
império das razões só restritas ao consumo do imediato. As nuvens aparecem e
desaparecem numa velocidade incontrolável. Vontade imensa de acertar naquilo
que lhe vem, todavia o fruto das causas atuais, que expandem o desejo e nele
terminam em pó. Daí, tocar em frente, independente do que virá, esse o objetivo
da aventura que aqui trilhamos a todo instante. Séculos de pura agonia, projeções
desse ânimo nas telas do Infinito. Um a um no mesmo impulso de acolher o que
nem sabe o quê e quando.
Doutro lado, aqueles pródigos que mergulham em si e
demonstram calma e significam muito aos demais. Exemplos de paz, contam lendas
do Alto na linguagem que apresentam. São peixes de outras águas. Conhecem do
passado o tanto de aprender o motivo de estar neste chão e viver no presente
todo futuro. Almas libertas, podemos assim falar. Chegam e saem à medida em que
alimentam um ser interior, o que demonstram nas histórias que encarnam e delas
contam maravilhas.
Narram cenas inigualáveis, descrevem lugares perfeitos,
quais merecedores das jornadas que empreendem, até galgar os páramos dessa
exatidão ainda no crivo da carne. Diante dos tais, vemo-nos passo a passo
perante o sonho do Ser de quem recebem a luz de uma consciência bem maior. Hoje
são muitos deles a compor o calendário dos santos. Os místicos, iluminados.
Enquanto a multidão prossegue na luta cotidiana do ser pelo possuir,
nada mais. O que reflete esse fator de sobrevivência daí afloram os tantos
outros lenitivos de tocar adiante os passos de tudo enquanto.
A resumir os preços das existências, vem isso de contar a
própria lenda e exercitar o espírito de todos. Seremos partes de um tempo em
movimento, porém dotados da luz que nos acompanha, viagem esta de cunho
individual rumo das estrelas.
Vim aqui beber um pouco das águas de suas palavras imensas. Belo texto, amigo!
ResponderExcluirAbraço, Michael.
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