terça-feira, 8 de novembro de 2022

A aranha vive do que tece


Tal tem sido a luta da sobrevivência de nós humanidade na face deste chão. Viver. Às vezes só viver por viver, no entanto sustentar a tese de que há uma razão precípua de haver entrado em cena quais heróis da sobrevivência. Depois de tudo, todavia, ainda ser feliz. Que justificativa, pois?! Uns correm atrás do sustento, enquanto outros dilapidam o patrimônio da natureza em nome da fama, da festa, do prazer puro e simples, e da ignorância.

Porém estar aqui, qual disse, preenche todos os claros de resposta àquilo que compõe nossa real finalidade. Uns soalheiros das luzes e dos mistérios. Sábios na conta de encontrar, lá um dia, o cetro da sabedoria. Máquinas de laminar o mundo. Orgulho dos pais. Livres até um tanto. Arcabouços de destinos largados às ondas do Infinito. Nós, todos, vinculados entre si. Nós que sustentam a humana felicidade em aberto.

Bom, tais derivações de pensamento chegam assim dizendo de dentro as formas de ver o mundo e suas movimentações, todas previstas nalgum lugar, escritas do Poder de quem somos originários. São inúmeras filosofias à disposição, hoje no ontem, portas abertas aos dias seguintes. Tão pequenos que nalgumas horas quase que sumimos na face do horizonte de nós mesmos, apocalipses e desejos soltos pelo ar.

Contudo há que seguir, vez inexistir rota de fuga. Ser ou ser, eis a questão. Aceitemos ou não, será sem sombra de dúvidas de um único jeito, o futuro. Pouco ou nada importam as versões do definitivo contadas em prosa e verso. Preços módicos, criamos justificativas ao sabor da compreensão imediata dos aprendizes em ação. Outrossim insustentáveis. Eis, com clareza, a humana existência. Pretensos detentores do Eterno que desconhecem de tudo o Absoluto de quem é fruto.

Submissos aos esquadrões do Tempo, levas e levas passam ligeiras nas mesmas águas do firmamento, senhoras de expectativas e sonhos. Em resumo, queiram ou não, há leis que fervilham o Universo a considerar, que aceitemos, por isso, o prêmio maior de existir. 

(Ilustração: A dança camponesa, de Pieter Bruegel, o Velho).


Um comentário:

  1. E, existir é um prémio de Deus em nossa vida, sejamos portanto, gratos a Ele.💫💫💫

    ResponderExcluir