Ainda que presos às palavras, eles alimentam a fornalha desta vida. Eles, os sentimentos, blocos que se desprendem todo momento da Luz, vivem soltos na consciência individual. Adicionam verdades a quem procura, porém de modo livre, sem qualquer compromisso de memórias ou resultados. Quais seres independentes, rastejam lugares mais distantes na ânsia de, lá um dia, trazer respostas que alimentem a vontade extrema de amar, ser feliz, alegrar a vida. Porquanto sejam, a bem dizer, tais selvagens animais, prolongam as fases da riqueza inigualável das paixões. Nutrem os pássaros da sede absoluta de voar e sumir para sempre na vastidão dos oceanos. Passeiam, pois, nas raias do destino, beirando quiçá o mistério das profundidades abissais de Si em Si Mesmo.
Sentimentos, horas vazias de meras imaginações. Força que
impõe valores e sobrevive a tudo na alma das humanas criaturas, ao lado deles
vagam insones pelas normas ingratas das aparentes sabedorias, filosofias e dos apegos
desesperados às ilusões deste chão.
Quisera domá-los e guardar comigo a presença das angústias que lavram o solo
das reais finalidades. Entes, por isso, senhores de si e dos demais, impulsos e
chamas vivas de credos e contrições, antes de tudo existem, eles que deslizavam
a superfície do Infinito de olhos postos às visões do impossível. Com isto,
doem despois de tanto e nutrem de luminosidade o raiar dos dias. Houvesse quem
e deixariam de exercitar esse senhor de liberdade que ferve nas existências. A
ninguém pertenceriam, e, no entanto, pertencem a todos, razão do existir e do
Cosmos que persistem no íntimo dos amores imortais.
Todavia significam, sem limites, o senso das presenças, das
cores, das formas, dos pensamentos e palavras, das causas e consequências do
único motivo de estarmos aqui, ou de desaparecer na bruma que sumiu desde o primeiro
brilho do Sol. Padrão, modelo exclusivo das perenes histórias que seguem à
busca do Amor, os sentimentos transportam na sua essência a Verdade em forma
original. E, com isso, dormem eternamente no âmago do Universo de que somos nós.
Muito fino, amigo Emerson. Duas palavras são poesias puras, cheias de mistérios. Essa é a beleza da palavra. 👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿👏🏿💫
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