O Tempo deixa claro o caminho à frente na medida em que avalia os frutos. E nós seremos sempre essa folha em branco onde ficam registradas as sentenças de nossos atos. Num resumo bem elementar, o mapa de nossa consciência resta nos resultados das ações de todo tempo. Vidas e vidas que sucedem quais safras de mundos inevitáveis, nas páginas de nossas histórias individuais e coletivas.
Independente, pois, de quem queira ou não questionar, é
assim. Ninguém foge ao seu destino. Mesmo porque nem teria aonde fugir. Somos matéria
prima da evolução e dos mundos. Quanta seriedade há nisso, de sermos as raízes
da Natureza. Seres sofisticados por demais, exercitamos a existência em meio a nós próprios. O plantio é livre; a
colheita, obrigatória.
Dentro de tal simplicidade, seremos os escravos de nossas
más ações ou os senhores dos bons praticados perante a Eternidade em movimento.
Quantos imaginam absurdos outros, ao cogitar de um espaço
neutro, talvez livres das determinações além da culpa. Perrengues impossíveis. Têm
que se render face ao Tempo, o senhor da Razão. Pequenos, ínfimos quiçá,
descemos pelas estradas do silêncio universal, a receber aquilo que dermos e
colher o que plantarmos nessa jornada sem fim.
E saber que nisso persiste a suprema perfeição, longe de
outras visões que sejam a concorrer no Infinito do senso do que haverá de ser
assim ou doutro modo. Enquanto isto, cada um, dotado da humana condição, será
artífice da perfeição. Tão simples que dói de compreender. Conquanto a estrada
possa chegar mais cedo à Paz da consciência, isso depende única e
exclusivamente de nossas atitudes no exercício da liberdade a que nos ligamos
desde que aqui viemos.
Bom, nalgumas horas quer-se contar um pouco do que seja
adquirir a plenitude que em nós habita, porém matematicamente restritos ao
poder da justa coerência do quanto de exatidão nela construirmos nesta sonhada
felicidade lá um dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário