São os planos de aperfeiçoamento, tanto individuais quanto coletivos que passam às vistas dos céus. Tudo quanto acontece a todo tempo demonstra o fluir desse rio da História. E nós vivendo dentro dele. Todo passo de cada ser tem de tudo nessa inter-relação inevitável. Uns grudados aos outros. Pedaços do mesmo ser. As sombras que restam disso chamamos de passado. Restos acumulados de frações preenchem, pois, o espaço abstrato das relíquias deixadas pelos séculos. Templos abandonados de seus reis e deuses veem crescer o mato do tempo e serem encobertos de solidão e silêncio. Janelas abertas ao aprendizado, as consciências fustigam meios válidos de sobreviver a qualquer custo. Porém jamais conseguem pagar o suficiente de eternizar o princípio das vidas. Saem assim jogados aos cascalhos e revirados nesse laboratório das transformações. As luzes que restam disso representam a fisionomia transversal das sociedades, dita de Civilização; hoje, bem; amanhã, claudicante. Impérios de paz, no entanto a custo de dores dos que ficaram abaixo da linha da pobreza moral. Longos estios, e vêm guerras de conquistas, as invasões, os martírios. Doses fortes de sacrifício cobram deles, dos homens, o preço de dominar moedas, posses e armamentos. Contudo, a quem reclamar, pedir, implorar, senão as si mesmos, os protagonistas do drama de estar aqui e resistir ao furor dos animais que ainda somos.
Feridas cruéis carregam as sociedades, sempre sob o suor
e o sacrifício de gerações inteiras que alimentam o princípio de uma derradeira
batalha, quando humanos abandonem a fome do egoísmo e passem a viver os
fulgores da certeza mais justa. Verdades inteiras serão atiradas à lama desses
ninhos de feras, marcas atrozes que isto signifiquem presenciar o ritmo do
rebanho ao porto da Luz. Mesmo sem ter aonde fugir, seremos parte desse todo
indivisível. Ninguém que fira fugirá dos próprios ferimentos, porquanto há um
só corpo e um só destino comum. O impasse de alimentar os tais dessabores das aves
de rapina pede compreensão e sentimento verdadeiro aos quantos aceitem
transformar em sonhos as doces felicidades da Esperança e da Paz
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