Dentro da gente há esse Eu eterno que a tudo sobrevive e que se revelará, enfim, no decorrer das gerações. Virá à tona e ali permanecerá para sempre diante do tempo e das aquisições individuais. A ele nos destinamos caminhar durante a existência infinita. E viver significa buscar esse cálice sagrado que habita nosso ser, dádiva das possibilidades de libertação, salvação. Eis o resumo da destinação de todos nós perante a Eternidade.
Pouco ou quase nada importam as filosofias senão desvendar o
tal segredo, valor essencial da consciência, destinação desde a origem de tudo.
Palmilhamos às cegas o escuro dessa caverna da procura existencial, tocamos as
paredes das experiências, vagamos nesse mar de ocasiões feitos quem necessita
de luz, e lá num momento deparamos com a presença deste Eu que sempre estivera
aqui junto de nós, no entanto restrito ao nível da evolução pessoal do
conhecimento adquirido. Únicos senhores desse comando, evoluímos gradualmente
durante as histórias das nossas vidas sucessivas, quando viemos. Somos a
experiência real das nossas práticas e aprimoramos nossa evolução passo a passo
de continuar pela imortalidade.
Todas as narrativas de todos nós bem significa isto, de
tocar o condão da Consciência maior, que a tudo determina, e nos identificar
com essa graça plena de viver. Nenhum conceito supera tal percepção. Daí
adiante desfrutar-se-á das bênçãos do Poder e partilharemos as dádivas do
Universo. A isto chegam filosofias e ciências, pelos milênios e gerações,
revelação, pois, deste Eu maior e dádiva absoluta do que transmitem credos e
religiões, degraus do Paraíso perdido depois das tentações do pensamento
caçador, mas insuficiente a essa percepção.
Isto sintetiza os viveres face tudo quanto há nas dobras do
Infinito. Resposta definitiva das ansiedades humanas, o objetivo de existir
transmite a cada indivíduo essa responsabilidade e perspectiva de revelar a Si
mesmo o sabor primordial da Criação.
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