Qual menino travesso, ele vaga solto pelas velhas alamedas do firmamento e arma das suas sobre as longas populações do Planeta. Sacoleja as bases das pessoas qual necessidade urgente de transformação que elas já trazem consigo. Impõe condições de escolhas. Conquanto sejam o que sejam as nossas escolhas, vadiamos sob os olhares do Destino, afeitos que acostumamos de não ver as consequências dos praticados que são nossos frutos. O que é só e definitivo, somos essas alimárias do Destino. Diziam os gregos que nascemos do deus Cronos, o Tempo, que pare e devora os próprios filhos, e que assim acreditamos todo momento, pois lhe obedecemos, espécies de sujeitos da sorte qualquer que venhamos a plantar e de onde ninguém sabe decerto retirar a força de nossos subterfúgios, porquanto viajamos nas asas do Infinito tais fagulhas de fogueiras inesperadas, e viajamos rumo às estrelas, nos céus do invisível mistério.
Sob, então, as tais artimanhas, tangemos o rebanho de nós
mesmos aos currais de mares desconhecidos, senhores de ilusões e parceiros de
caprichos individuais e coletivos. Aceitamos de bom grado que rodem o roteiro
traçado nas pranchetas do Sol de todo dia, profetas do inimaginável e autores
de epopeias grandiosas a se desfazer logo ao romper das auroras sucessivas.
Enquanto que escrever a isto permite, conduzir o barco do
pensamento através de linhas, palavras e frases, velemos pedaços deste oceano
do Tempo que escorrega da ponta dos dedos e chega às outras criaturas. Palmilhamos
as dúvidas do anonimato de quem as leia, ausentes das visões atuais, no entanto
participando da esperança que vive recolhida embaixo das folhas secas da
floresta de ontem. No entanto padecemos às nossas mãos calejadas, adotadas pelo
Destino, que apenas abre as cortinas do impossível e as fecha em seguida depois
dos nossos atos, tantas vezes vítimas de vaidades inconsequentes. Dele aprendemos
esse jogo de claro/escuro que pratica com tamanha facilidade, e adormecemos em
seguida nos seus braços de um pai afetuoso que costuma ser.
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