De quase nada e compõem o traçado desses tempos, de uma fragilidade a toda prova. Quando menos esperar, aquilo que parecia ver o sólido se desmanchar pelas quebradas da serra. Apenas luzes distantes. Restos de bruma nos sóis da humana felicidade. Nuvens que passaram. Sons que viraram ecos lá longe na distância inevitável. Enquanto aqui o mesmo corredor de velhos princípios e garras de dominação persiste continuar. Bárbaros vestidos de monges invadem o território das horas e desaparecem pela escuridão. Povos doutros mundos das sombras, eis o que vale parecer diante desse eterno das palavras. Rudes bestas e a carne seca de outras histórias. As lendas, as fadas, os duendes, os gnomos. Trastes de passadas luas. Somem no despenhadeiro das sortes aqueles que ainda demonstravam querer dominar o mundo e nem a si dominaram.
Houvesse novas oportunidades, o claro dessas melodias
românticas de novo significaria suspiros no coração de todos. Porém ondas de
lucidez sacodem o solo do Planeta e determinam o cumprimento avançado das
promessas, o vago das profecias em tudo e tantos os lugares a um só tempo. Isso
de hoje em que muitos falam e nada querem dizer, conquanto esquecessem-se das
origens do sentimento maior que lhes dera seguimento lá no futuro mais remoto.
Marcas de uma solidão profunda. Tatuagens de sal no coração das pessoas.
Paraíso sideral de outras dimensões. Ninguém que reconheça a que vieram e
tramam fugas maravilhosas através de viagens alucinadas.
Quem poderá, pois, rever o coro dos contentes e avisar dos
riscos das perdidas ilusões; ninguém nem isto poderá. Multidões alvoroçadas
abandonam lares e saem pelo deserto das mentes vazias, deixando rastros de pólvora
nas areias. Dores sem fim, amém. Os seres dos antigos sonhos a quanto
representam aqueles arautos de ideias esquecidas em bibliotecas abandonadas.
Poucos animais viveram tamanhas contradições, e insistimos assim preservar a
espécie no sabor das voltas que as palavras permitem, enquanto a hora não vem logo
com toda sua intensidade.
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