Isso do tempo que ora se vive, onde senso e contrassenso ganham espaço diante dos extremos da necessidade, quando existe ausência de compreensão do que seja nosso e da coletividade nos interesses em jogo. As palavras enchem livros e o pensamento individual busca confundir os princípios da economia. Foram tantas versões, belas canções, noites de sonhos, organização de trabalho, e agora nos deparamos face a face com o egoísmo de grupo na criação das certezas pessoais, esquecida a visão revolucionária que pauta o futuro das nossas esperanças desde décadas.
Qual diz na Bahia, farinha
pouca, meu pirão primeiro. A gente olha no trilho do tempo e ainda vê
brilhar a túnica dos nossos heróis carcomidos pelas esquinas do passado. Quanta
vontade que houvesse plena coerência nos procedimentos humanos perante o que
tangem teoria e a prática de todos os instantes. Mas essa fome de ilusão
insiste querer negar a essência dos sonhos.
...
Aonde foi parar a beleza de todas as flores? Frêmito de
saudade parece circular o corpo inteiro da Civilização, depois de tudo que até
aqui ocorreu, deixando-nos estáticos a presenciar o tumulto da dúvida de quando
iremos, afinal, desvendar este mistério de uma existência mais justa. Dói só de
pensar na situação atual dos humanos, seres capengas, esdrúxulos, bizarros, no
furor de repetir os velhos equívocos da história, perdidos pelos escombros da
repetição.
Quais prisioneiros de cápsulas isoladas, lutamos todos em
nome de abstrações desencontradas, frutos da alucinação coletiva que impera nas
quebradas noturnas dos vícios e prazeres fáceis. Sei que a ciência caminhou
nesse vazio, contudo caiu nas mãos dos feiticeiros da ganância e um grito de
compaixão impera nos bolsões da injustiça social. Chegam e formam blocos
isolados, e salve-se quem puder. Nem adiante apontar dedos sujos, que a visão
da perenidade dará, por si, o sentido que buscarmos até aqui. Quem viver verá.
Valeu, amigo! Já li e reli...Preciso todavia mergulhar mais profundamente nesse Universo tão maravilhoso das suas ideias!
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