Desde que os grupos de poder observaram que o excesso de gente na Terra ocasionaria mais e mais demanda por alimento e pela divisão dos recursos naturais, pondo a risco os lucros do capital em detrimento do trabalho, passaram a maquinar urgências de conter o crescimento desordenado da população. Vieram, com isso, as teorias políticas materialistas, sobretudo após a Revolução Francesa, quando, então, foram sendo questionados os valores arcaicos do domínio dos impérios, e que custaram logo adiante duas guerras mundiais de horripilante memória. Evidenciou-se que a explosão populacional traria desconforto aos donos das bases econômicas, e as elites se insurgiriam e manipulariam sobremodo os bolsões de pobreza, por meio das táticas políticas e legislativas na grande maioria das nações menos desenvolvidas, como ficou evidente na história.
Nisso, dentre alternativas visíveis, haveria a divisão das
fontes de produção pela coletivização, no entanto as ditas revoluções socialistas,
nessa perspectiva, resultaram infrutíferas e geraram novas elites de poder, o
que hoje basicamente caracteriza o quadro mundial da geopolítica, fruto de
tentativas frustradas nessa redivisão da riqueza através das lutas de classe.
O panorama atual persiste, pois, sem maiores modificações, com
as nações ricas a gerir o poder econômico agora sob o símbolo das avançadas
tecnologias da informação e do monopólio severo dos bens de produção e dos
mercados, sempre nas mãos dos abastados poderosos. Ao mesmo tempo, as populações
pobres seguem ao largo sem um lugar ao sol, num crescimento de progressão geométrica
desordenada, face a face com o crescimento econômico apenas em nível
aritmético.
A esse tempo, os métodos de dominação e redução humana
continuam pensados e praticados através das divisões étnicas em conflito, nas guerras
de extermínio, da fome avassaladora e do domínio das lideranças perversas e dos
profissionais da ganância política.
Até esta data, todavia, nenhum recurso racional de
equilíbrio populacional coerente se fez valer além de teses universitárias isoladas,
por vezes distantes da realidade e de uma justiça esclarecida, deixando à
margem os dotes clássicos da inteligência e dos espíritos evoluídos.
Vivemos, a bem dizer, o marco zero da igualdade tão necessária
ao exercício desses conceitos sociais honestos, onde o sonho de todos da tão desejada
paz da Humanidade venha a ser posto em prática. De certeza, isso não virá
através da redução populacional bárbara a troco das atitudes insanas ou
discriminação de qualquer natureza. Há de haver bom senso e princípios
solidários que a todos atendam sem qualquer distinção, através das virtudes
significativas do amor e da fraternidade, razões essenciais de tudo que existe e
existirá perante a verdadeira natureza espiritual dos seres humanos.
Sem dúvida, meu caro colega e irmão Emerson! Parabéns por sua interpretação essencialmente verdadeira, humana e sobretudo fundamentada no que existe de mais real - a espiritualidade!
ResponderExcluirReflexões desveladoras das sobrevidas existentes e que dói saber ser produto de um controle bélico dos espaços, corpos e dos seres a partir do conceito do pseudo poder que lembro Carlos Drummond de Andrade em O Homem, As Viagens, que "Só restará ao homem a dificílima dangerosissima viagem/ De si a si mesmo (...)"
ResponderExcluirO que dizer das Nações onde as superpopulačões demandam alimentos que não existem! Sem esquecer que a saúde e a educação são produtos de luxo colocados numa prateleira invisível, de um Supermercado inexistente....
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