domingo, 1 de agosto de 2021

Um livro de fôlego


Numa grata surpresa, recebo o livro Paris e seus Poetas Visionários, de Márcio Catunda, respeitado escritor cearense. Um livro, um clássico. Obra de feitio extraordinário pela qualidade gráfica e pelo seu conteúdo responsável e rico dos melhores detalhes de quem foi ver de perto os lugares onde nasceram e viveram os autores abordados, além do imenso zelo com as produções de todos eles, trabalho digno dos seus protagonistas.

Assim, na valiosa composição editorial, vemos desfilar aos nossos olhos nomes inesquecíveis da literatura da Cidade Luz, desde François Villon, Victor Hugo, Théophile Gautier, Charles Baudelaire, Guillaume Apollinaire, Louis Aragon, aos não menos festejados Verlaine, Rimbaud, Mallarmé, Paul Valéry, André Breton, Antonin Artaud, Paul Éluard, dentre outros não menos exponenciais.

Cada capítulo envolve a história pessoal, a formação desde a infância, vida familiar, vida amorosa, conflitos, ambientes históricos, até o estilo e as inesquecíveis realizações literárias, com amostragens rápidas desse conteúdo por demais reconhecido e consagrado no transcorrer das tantas gerações.

Márcio Catunda, poeta e compositor, autor de várias obras, tais Poetas Espanholes del Siglo XXI (2012), Terra de Demônios (2013) e Mário Gomes, Poeta, Santo e Bandido (2015), e mais outras, é membro da Academia Brasileira de Literatura e Jornalismo e da Academia de Letras do Brasil, pertencendo ao Itamaraty, na qualidade de membro da diplomacia brasileira.

Portanto, nessa bela edição da IMPRECE – Impressora do Ceará Ltda., de Fortaleza (2021), com texto de contracapa de Vianney Mesquita e orelhas de Anderson Braga Horta, o escritor Márcio Catunda presta merecida homenagem aos principais poetas parisienses, sem dúvida alguma de qualidade exemplar, ao nível dos que são ali enfocados, enfaixando o prólogo do livro com esta expressão: Benditos sejam os poetas que trabalham e se sacrificam para que desfrutemos da beleza da palavra e do sentimento que emanam de seu magnânimo altruísmo.

E afirma em outro momento do mesmo prólogo, Paris é um museu universal, ao que acrescentamos, que veio encontrar neste autor brasileiro o artesão eficiente de registrar a sua melhor riqueza poética, neste livro de tão agradável e enriquecedora leitura.

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