Tempos atuais, quando gama infinita de obras preenchem os vagões dos computadores, dos sebos e das bibliotecas. Um tudo sem discriminação de língua, nacionalidade ou período histórico. Desde os clássicos desaparecidos e reaparecidos aos recentes manuais de sobrevivência na atualidade, um rio sem comportas. Meios mil de chegar aos sentimentos vagam nas estantes do pensamento humano. O interesse continua pelos livros qual jamais. Uma avalanche de alternativas inunda, pois, as máquinas contemporâneas de multiplicar ideias, deixando forte sabor de oportunidades sob quaisquer escolhas, o que corresponde às expectativas e sonhos de outros tempos.
Doutro lado, restam as indagações de aonde estamos indo com
tanto conhecimento acumulado e permitido. Quais visões novas nascem desses
recursos técnicos adquiridos durante tanto esforço milenar? Que perspectiva
alimentar desses avanços e acessos permitidos às novas gerações?
Na certeza de que seguimos caminhos importantes do ponto de
vista da construção de uma nova humanidade, quero crer nas transformações a
melhores dias também provenientes dos livros, mais que nunca. Revisões
históricas, novas interpretações da Natureza, soma dos fatores guardados nas
civilizações, aprimoramento das filosofias, dos métodos sociais de organização
da cultura, patrimônios artísticos inigualáveis, fruto do talento dos milhares
de artistas e da catalogação, no transcorrer das gerações.
Há poucos anos, buscávamos, por décadas, obras esgotadas.
Agora, em poucos instantes, se acham à disposição, numa riqueza de
possibilidades inimaginável. Assim também na música, com todo seu acervo da
história ao dispor de todos, a qualquer instante, por meio da rede
internacional de computadores.
Faz uma migalha de tempo e vivíamos praticamente isolados
nas províncias deste mundo, nas aldeias dos lugares. Neste momento,
representamos a Aldeia Global, de Marshall Mcluhan, a súmula de todas as
parcelas de um de pensamento e compreensão universais. Todos os estilos, todas
as escolas e produções visíveis a olho nu, sem qualquer custo ou
constrangimento.
Daí a urgência de maturidade aos seres humanos desta hora,
herdeiros dos sacrifícios e contradições dos antigos, ora privilegiados da
ciência do pensamento e de quem tudo de bom devemos aguardar, inclusive de cada
um de nós, por si, que vivemos neste Planeta.
"..de quem tudo de bom devemos aguardar, inclusive de cada um de nós"...
ResponderExcluirInfelizmente não tenho esta visão otimista do ser humano. O mal, muitas vezes predomina....
"Fazes por ti que os céus te ajudarão."
ResponderExcluirOntem, comentei com uma amiga: vivemos um tempo atípico, sem romance, sem futuro, onde o que importa é o presente, a maioria dos jovens não visualiza o amanhã e nem se prendem a nada, vivem tudo com liquidez e ba urgência da incerteza. Estamos vivendo um tempo de medo e fragilidade. Precisamos voltar a sonhar e acreditar nos sonhos.
ResponderExcluirMesmo no caos, com tantos acontecimentos que nos fazem descrer da natureza humana, temos que acreditar na força do pensamento positivo, que nos deixa sonhar e ter esperanças.Nas entrelinhas da reflexão de Emerson Monteiro, detectamos que ele faz uma retrospectiva e um confronto entre os tempos passado e atual, essencialmente na área literária, o livro sendo um "multiplicador de ideias" que suscita questionamentos diante do acúmulo de informações que hoje nos chegam através dos diversos recursos tecnológicos. Parabéns, Emerson, por essas oportunas reflexões.
ResponderExcluirTelma Brilhante
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