segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Portas do coração

 


Eis a descoberta que responderá a todas as perguntas na revelação de si através da compreensão dos universos em formação dentro das pessoas, habitação dos deuses e morada feliz da mais perene Eternidade. Isto virá no momento quando acessar o conhecimento de Si por meio das reservas interiores com as quais chegamos aqui e as transportamos conosco ao seguir adiante, porquanto somos o começo e o fim de tudo quanto há, durante todo tempo. Se ainda resvalamos no desfiladeiro das dúvidas e das impossibilidades, isso fica por conta das aparentes limitações nas quais insistimos existir no todo perfeito de nós próprios.

Deem o nome que quiserem, no entanto em nada persiste acreditar em fracasso face à exatidão das existências, conquanto fossem criados desde sempre sob o crivo do equilíbrio e da perfeição. Resta a todos percorrer os trilhos da consciência e desvendar o sacrário do poder que já carregam no seio da alma humana. Cada um é o todo, enquanto as portas lhes cabem abrir no decorrer das tantas histórias a viver. Ciência pura da conquista da Salvação.

Salvação das fragilidades do Chão, dos apegos ao nada, prazeres fátuos que desfazem o tempo e o espaço no escorrer das gerações. Nisso, porém, perdura um senso de absoluto que fervilha nas mãos de todos, à medida que desfazem as ilusões de um chão em queda livre, fagulhas ao vento incessante das vidas em formação.

E por que o coração significar o sagrado em constante descoberta? Porque em seu território está localizada a saída deste mundo, sendo ele o portal da imortalidade, o mistério no qual viemos aqui buscar a chave da Felicidade. Coração que simboliza os sentimentos, e o sentimento mais alto será o Amor maior. Tudo tão claro a quem possa enxergar, entretanto invisível aos que fixam as vistas nos valores frágeis das fantasias do caminho, pedras e poeira de um passado persistente. Deixam, por vezes, de ver o essencial e esquecem a que vieram em definitivo.


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