terça-feira, 28 de março de 2017

Um tempo de máquinas

Nas vezes em que me pego querendo consertar o mundo, a primeira atitude que vem é perguntar se já estou praticando o que desejo que outros o façam. Existem muitos engenheiros de obras prontas, qual dizem. Olham o erro alheio e trazem respostas geniais, porém longe de haver oferecido o exemplo. De receita todos estão de saco cheio. A dissimulação caracteriza o estágio atual da raça, e sobram malandros a entrar no jogo com segundas intenções. No entanto existe limite pra tudo, porquanto ninguém foge da Lei. Impera o poder supremo do Universo, de que duvidam os incautos a pretexto de levar a melhor e enganar os outros.


Desde instrumentos mais simples ao engenho mais sofisticado, em todos os lugares e objetos impera a perfeição interna. Diz o Evangelho cristão que não cai um cabelo de nossa cabeça, ou uma folha de uma árvore, sem o consentimento do Poder Superior. Precisa que exercitemos a consciência maior face ao mistério que envolve os acontecimentos, de tal modo que aceitemos a ordem soberana que tudo rege e domina. 

Na sequencia dos desígnios impostos, doentes de caráter invadem a sociedade com maus costumes e ofendem o funcionamento do sistema, prejudicando a grande humanidade. Entretanto houve alguém que abriu a porta aos vândalos da Ética. Elegeram ou deixam eleger os piores que controlam as instituições e resultados infames tocam dos simples aos doutores. 

Peças de manobras dos crápulas de plantão, as conseqüências significam esse tempo de máquinas que constrange o momento em qualquer lugar da Terra. A preguiça que invadiu o exercício da política, por isso, larga rastros de inutilidade. Endividados sob o peso dos carrões de luxo e construções desnecessárias, os humanos restam agora perdidos nesse mar de ilusão. Diagnóstico no mínimo preocupante em relação ao andamento dos acontecimentos exige providências urgentes da consciência, patrimônio comum de todos nós. 

O voto, valor sem preço, que seria direito sagrado diante dos modos perversos pleiteados por interesse escusos, está agora, no Parlamento brasileiro, sob a ameaça de manipulações e atentados à santa democracia tão duramente conquistada. 

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