Diante, pois, da gama desordenada dos instrumentos que oferece a sociedade global desses tempos, surgiram os meios de comunicação portáteis denominados celulares, ora promovidos a computadores de bolso, brinquedo por vezes nocivo enquanto não encaminhados aos níveis de peças eficazes e valiosas de produção e cultura.
Mas a cada um de acordo com o merecimento, lei infalível da justiça superior; nem sempre os usuários dispõem da consciência desenvolvida a utilizar com sabedoria os recursos da civilização. O que poderia servir de equipamento de aproximação sadia entre os seres humanos incorre no grave risco de reunir escórias e destruir a boa comunicação, arrastando consigo, inclusive, conquistas morais imprescindíveis à boa convivência.
Nisso afloram as limitações do momento, fase intermediária que requer maior consciência. quando solitários agem dentro de princípios éticos desnecessários. A ausência é atrevida, qual diz o saber popular. E na conta de utilizar o instrumento poderoso da comunicação de forma a ocorrerem as audácias da clandestinidade. Quantos e quantos atentados ao pudor vêm sendo cometidos nas tais situações de isolamento. O que ninguém imaginaria, afloram instintos e perversões, gerando maldades multiplicadas.
O que antes dar-se-ia apenas esporadicamente no escuro das solidões, agora impera também nos presídios e nas masmorras, provocando o poder das trevas entre os repastos da cidadania permitida. São deuses eletrônicos que investem contra o inventor, alarme rude e interrogativo das novas esfinges: Decifra-me ou te devoro.
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