quarta-feira, 6 de julho de 2016

Esta escola da paciência

Hoje, quando recebia o almoço na loja de Flávio, ele falava comigo perguntando da vida. Como anda essa escola? E lembrei de novo da escola em que estamos matriculados, a Escola da Paciência, mundo vasto, aberto, porém onde ninguém é ainda doutor. Disse da notícia disso que aparecera ali mesmo, naquela hora, de compreender a existência de todos qual lugar de aprendizado contínuo, embora alguns dos alunos se voltem a perder o tempo mais precioso de adquirir o conhecimento necessário para chegar aos estágios posteriores. 

Neste lugar daqui os professores somos nós todos, uns mais devotos à profissão, semelhantes a tudo afinal. Com cuidado, abrimos as portas da compreensão por intermédio das dificuldades, e impomos oportunidades ao passo que marca esse chão.

Dor de alguns lados do eu, serve de instrumento das razões de estar na existência, sempre a desmistificar, mais cedo ou mais tarde, o desejo de permanecer, regressar só provisoriamente através das reencarnações, fugindo, pois, da acomodação impossível. Urgente a vontade de largar os pecados no largo do vento e do tempo das justificativas de gostar e querer ficar na prisão das salas de aula de paciência desta universidade especial, onde nos vemos matriculados, queiramos ou não, donde viemos na voragem dominante do mistério.

A gente, então, baixa a cabeça e tem de trabalhar com eficiência os desafios, os testes, os exercícios de aprimoramento, a fim de cumprir o objetivo de chegar na perfeição e sair incólume no sentido clássico da Eternidade. 

Aqui, afinal, criou o Poder sofisticação nessa escola essencial de achar o caminho da Libertação definitiva dos blocos de cimento das paixões individuais, apegos desordenados aos brilhos foscos da ilusão, impulsos e desesperos, arte de transformar mortais e deuses. Ah! Que escola fundamental e superior em que todos andamos de olhos por vezes fechados, porém acesos por dentro na luz da Consciência imortal que lavaremos conosco aos páramos celestes. Bendita escola da Paciência, amor dos amores, caminho próprio da feliz compreensão. 

5 comentários:

  1. Emerson é preciso ter clareza para se perceber nesta (eu a quero perto) da paciência. A lucidez e o equilíbrio são traços que, em alguma medida,revelam o quanto já caminhamos, o quanto já aprendemos. Como Jó, pacientemente, seguindo o seu caminho e vencendo os desafios.
    Belo texto. Grata por compartilhar.

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    1. Não sei por que saiu meu nome C o be da minha filha. Abs. Márcia

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    2. Não sei por que saiu meu nome C o be da minha filha. Abs. Márcia

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  2. Emerson é preciso ter clareza para se perceber nesta (eu a quero perto) da paciência. A lucidez e o equilíbrio são traços que, em alguma medida,revelam o quanto já caminhamos, o quanto já aprendemos. Como Jó, pacientemente, seguindo o seu caminho e vencendo os desafios.
    Belo texto. Grata por compartilhar.

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