sexta-feira, 29 de julho de 2016

Consciência sem pensamento

A máquina de formar pensamentos funciona 24 horas, deixando as criaturas humanas longe de mergulhar em Si a fim de enxergar a profundidade dos sentimentos. Quais ondas incessantes, os pensamentos preenchem o dia a dia longe de escutar o que o coração tem a dizer. Domina os sentidos de forma tão intensa que a civilização dos tempos atuais resolveu colocar no poder o exercício do pensamento, espécie de mandachuva efetivo das necessidades, atitude proibitiva que invade os momentos e comprime as instituições de poder.

Contudo existe a consciência isenta dessa frigidez só existente por conta dos pensamentos ditatoriais. A peleja, portanto, é praticar o exercício de contar a sanha da imaginação e oferecer qualquer que seja o espaço de valer outras condições da mente, a observação da espiritualidade, as emoções e os sonhos que formam o outro aspecto da alma, sacrificados pelo desejo efetivo do intelecto predominar o universo das existências.

Os orientes trabalham isso, de conter a duras penas o furor do pensamento, mostrando em troca as virtudes da concentração e a substituição do desejo cego de prevalecer, invés de viver com sinceridade as oportunidades que há no outro aspecto da personalidade, o caminho da sensibilidade criativa, o afã de rever as formas de existência.

Porém nunca dependerá de terceiros a descoberta do poder do sentimento, o amor, sentimento maior, a amizade e os substitutos do afeto interesseiros das ações. Superpor ao egoísmo o nexo do sentimento. Abrir as portas do coração aos valores nobres que persistem sob o nexo agressivo da racionalidade. 

Entretanto está a exigir das práticas pessoais a oportunidade desses gestos, o que mudará a face das pessoas e o cenário das sociedades, fruto das providências individuais sempre exigidas diante do marasmo em que estacionou as experiências da desejada evolução da humanidade. 

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