Nesse mar de letras e palavras lançadas ao vento, nas noites de mel, a inspiração sacoleja entre os ossos da garganta quais animais selvagens, impaciência que crescer até olhar o Paraíso das tardes mornas desse estio.
Pés suspensos no firmamento avermelhado, solidão de nuvens e nuvens, deslizam entre elas os pássaros que retornam aflitos aos ninhos, entre os dentes amolados da boa da noite, que já se aproxima devagar. Histórias soltas, pois, à brisa dos movimentos dentro do peito, querem iniciar as lentas longas que adormecem os deuses horas antes, nos desejos satisfeitos e marcas intensas no céu. E foram sempre as mesmas tais possibilidades, na descoberta da libertação de Si e permissão de abrir os braços ao que os demais ofereceram de liberdade, objetos de uso pessoal, porém considerados de segunda mão. Libertação é assunto de determinação individual, longe do que os outros propiciem.
Orem bem e observem o resultado forte de pensamentos e sentimentos embaralhados pelos dedos do destino; lá vão todos eles, feitos os rebanhos das horas tangidas, abandonadas no passado, pelos ponteiros da Lua crescente. Poucos deixariam, assim, de trazer parcelas e mais de verdades e as pedras preciosas que lhes jogaram na face enquanto contemplavam crédulos, inocentes, o linho fino dos raios de noite que banhavam as matas, à cata das ninfas perfumadas nas doces melodias do presente.
A bondade segue viva nas pessoas, atiçadas ao fogaréu da esperança. Heróis das epopeias siderais pisam as ruas largas de existência, mensageiros de novas oportunidades, barcos que singram os mares da Felicidade. Sempre será assim, donatários de todas as chances que praticam o evangelho da coragem encontrarão plenitude nas constantes aparições dos astros a toda manhã.
Emoções de ampla sensibilidade norteiam firmes as asas dos anjos que construíram as páginas do futuro, que batem intensamente as tábuas toscas, no cais do Infinito.
Seus textos estão cada vez mais ricos e cultos. Preciso ler uma, duas vezes para assimilar a sua mensagem. O linguajar culto é bonito mas requer um pouco de pausa na leitura para entender as entrelinhas. Parabéns!.
ResponderExcluirAbrir as portas do sonho... tão difícil... mas não custa nada conviver com elas ainda que fechadas, se nos fazem felizes, porque não. É assim que insisto em ser feliz, sonhando. Se as portas não se abrirem, não faz mal. Sonhar já ilumina meu dia, transforma os meus dias e minhas alegrias. Porque nesse sonho mora alguém muito importante. Parabéns
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