Dizer palavras desse naipe devido as emoções interrompidas, que voam soltas em cima das histórias sofridas das gentes nos jornais. O cidadão juntara lá suas vaidades guardadas a sete chaves e esquecera-se de quem nem vaidade alimentava por causa da pouca vergonha dos chefes políticos. Os ausentes do amor sabem disso. Nunca mereceram um único beijo fervoroso e amarguravam o convencimento dos heróis, e que ficavam à margem dos romances, em face de haverem chegado tarde e os mais ativos comeram a rifa sozinhos, detrás das moitas, longe das visões coletivas.
As dores de cotovelo do percurso mexem no juízo de toda criatura, seja bicho ou gente bicho. Ninguém de sã consciência cantaria vitória antes do final, pois o tempo no nascente vira com a maior facilidade. Fere, e dói, e desatina. Conquanto acumulem riqueza nas casas cheias das noites animadas, os vencedores duram no pódio apenas o intervalo dos comerciais, e olhe lá se chegam a tanto. Cadernos andam abarrotados de situações nessa área empregatícia. De uma estação a outra, os vendedores de macaxeiras trocam de figura, porquanto coração vive de portas abertas e nenhum morador garanta o direito de manter endereço fixo todo ano naquele velho lugar. Inquilinos mudam de quarto a todo instante, no movimento das composições que chegam e saem na festa dos amores, nas espeluncas e nos hotéis de primeira classe.
Com tais argumentos, as humanas majestades necessitam quanto antes aprender os passos da dança e levantar a cabeça às nuvens, mas pisar com força no chão, para revelar a humanidade que têm todo dia. Aceitar as condições transitórias do capricho que empalha ilusões nas caminhadas e exige, contudo, renúncia dos acessórios do orgulho, dispensáveis na arte de trabalhar a emoção gostosa do amor comum, o que impõe certa sagacidade. Um olho no sentimento e outro no pensamento, até equilibrar sofrer menos a ingratidão adversária e correr menos o risco de reclamar as reservas de paciência que o mundo solicitar.
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