São muitos para destruir e poucos para plantar e construir, eis a verdade principal do nível de preocupação com florestas, mares, rios, ar e animais, todos fixados em descobrir meios de lucrar, no procedimento predatório herdado e multiplicado pelos senhores coloniais.
Vive-se na atual geração o ponto extremo da transição entre o homem extrativo e homem sustentável em que o menor deslize poderá colocar em xeque a natural sobrevivência de todas as espécies.
As ações do Greenpeace, por exemplo, bem demonstram a conscientização desse grave momento, nas atitudes reprovativas do que os mercenários da hora promovem, nos mais diversos lugares.
Bem pensassem os líderes dos países e os acontecimentos, por certo, estariam noutros patamares. No entanto, seguem as políticas visando tão frutos madeireiros de fria destruição de florestas, estiolando solos milenares e sacrificando a fauna, em acelerada devastação inconsequente, posições inclusive do Brasil atual.
Existem órgãos estruturados a combater ditas ações, contudo a responsabilidade cabe a todos os segmentos da população, através dos esperançosos conselhos municipais de meio ambiente, de raro em raro funcionando a contento. A crise moral, que fere outras instituições, fere sobremodo as causas da natureza, justificando no lucro a fome de resultados, nas balanças de pagamento dos juros externos.
Tarefas titânicas conduzem esses órgãos responsáveis pelas fontes da vida em países atrasados, de mentalidade mais atrasada ainda. Muito se fez até agora, e mais resta dagora em diante. Ninguém se diga indiferente aos modos de manter a qualquer custo os nacos de mata virgem, água limpa e ar puro que restam em volta do globo, a pretexto de nada lhe dizer respeito. A coisa chega de jeito radical porque esqueceram de que o Planeta é ser vivo e merece cuidados imprescindíveis aos que respiram e obedecem às idênticas leis universais dos sistemas integrados.
Ainda existe tempo a providências ao gosto de todos para se começar no intuito de conter a voracidade predadora da humanidade que devorou as minas e o povo do continente africano, e cresce, neste princípio de milênio, as garras metálicas contra as terras latino-americanas, bola geopolítica do capitalismo faminto da vez. Só assim, pois, descobria-se que tudo com tudo tem a haver.
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