Entretanto, agora alguns países se mostram cautelosos em relação ao fenômeno que denominaram de aquecimento global, resultado a que chegou o trabalho do enriquecimento coletivo. De tanto explorar os materiais encontrados na face do Planeta, produziram esta crise de calor que já derrete as calotas polares, aumentam o nível dos mares, a ponto de dominar o horizonte e os jornais, e tocar as distantes regiões, alterando a temperatura e outros fenômenos até então independentes da mão humana.
Poderosos em termos históricos, armados e detentores da melhor das tecnologias, os Estados Unidos negaram firmar o Protocolo de Kyoto, pacto disciplinador das ações dos principais responsáveis pela geração de calor e emissão de gases, além de insistirem na posição de que assunto pouco lhes interessa e diz respeito.
Os responsáveis pelo estado de coisas da Terra, nos dias atuais, claro que é a humanidade toda. Ninguém queira argumentar que imaginava serem os recursos inesgotáveis, que não se chegaria aos extremos dos limites. Impávida, a Natureza silenciosa seguia seu itinerário. As queixas apareceram, no entanto, diante dos modos de reagir dos elementos naturais, a indicar preços elevados da fúria, na ausência de conhecimento com que foram tratados.
Outra vez, um desafio de soluções inadiáveis. Isso requer a revisão radical nos conceitos econômicos de desenvolvimento, produção e preservação ambiental, algo superior, talvez, à capacidade partidária das guerras de conquista e espoliação, exercitada nas buscas territoriais e dos mercados.
Sob este crivo de severidade há, em pauta, uma completa reconsideração dos conceitos predominantes da cultura, da felicidade material, o que exige longa e fria reflexão. Eis, por isso, um problema de dimensões planetárias, entregue a esta geração qual enigma de fina sensibilidade e rude sabedoria.
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