- Oi, bom dia.
- Bom dia, amiga.
- Como vai?
- Indo à medida do meu merecimento.
- Razoável para mim. Dias felizes + dias tristes + dias de lágrimas.
- O que faz isso, se as escolhas a gente é que faz? Escolha certo, pois. A satisfação só depende de nós.
- Geralmente eu não tenho escolha.
- Não ter escolha é um tipo escolha. Trabalhar com as próprias limitações também permite escolher, dentro de nós aceitar ser feliz assim. Viver bem. Dar nosso jeito de viver em paz conosco mesmos.
- Tudo ficou tão vazio depois que perdi minha mãe, meu pai, meu tio. Minha família agora só é minha mãe de sangue. Não tenho mais ninguém.
- Essas são as circunstâncias. Mas a pessoa continua e tem o dever de ser feliz. É livre diante da vida. Descobrir com fidelidade que, quando os outros vão, nós continuamos a caminhada. As portas do dia se abrem sempre. Isto leva a receber com sabedoria a história da gente. Aceitar que os outros também passem e nós continuamos. Nós continuamos a caminhada rumo ao Ser.
- Entendo.
- Pois traga isto na prática. Receba de com grado o desconhecido das horas seguintes, que andam com os próprios passos.
- E esta minha obsessão em querer encontrar o grande amor de minha vida o que faço com ela? E a solidão?
- Isso é o que chamam liberdade, a vertigem de ser livre, que alguém denominou de angústia. Descubra o modo de responder a mais esse desafio que não seja com o afagar da solidão da expectativa que só depende de nós revelar a vida, a felicidade de ser feliz.
- Não sei fazer isto.
- Invente dentro da sua existência. A existência mostra a si mesma. Somos a consciência disso, só nós e o mundo. Há um Deus imenso em nosso coração. Há tudo no nosso ser. Há vida viva. Exercite essa infinita descoberta de viver. Ache o sentido de viver com harmonia em tudo por tudo, e consigo em primeiro lugar.
- Sim. Vou experimentar. Bom dia.
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