As invenções da indústria
de produzir armamentos deixam claro o descaso dessa humanidade quanto ao corpo,
tratado igual a uma coisa qualquer. Desde aquilo se joga para dentro do organismo
a título de nutrição, até o jeito de adotar a pele e nela desenhar tatuagens
apressadas, vendas grosseiras, sobretudo da beleza plástica, os esporte de
lutas perversas, riscos de excursões radicais a montanhas e vastidões geladas,
isso tudo denota o pouco jeito dos humanos quanto à utilização da matéria que a
Natureza lhe fornece no sentido de aproveitar e tirar da experiência as
melhores lições imortais.
Bancas de revistas,
televisões, ruas, demonstram com excesso a prática infiel de oferecer corpos no
mercado aberto da fama e da vulgaridade. Tanta beleza jogada nas latas de
lixo... Tanta ausência dos critérios menos drásticos... E saber quanto de
aprimoramento resultou na forma física, o instrumento inigualável que ora
dispomos para chegar neste chão, habitar junto de tantos elementos vivos a
condição biológica, porém ainda inconscientes do nível de sofisticação da
máquina mais perfeita que somos nós no estreito espaço entre o nascimento e a
morte, andarilhos das estrelas.
Há como que
impaciência acelerada de cuidar dessa parte do mundo que nós somos. Pressa
descomunal invade, pois, terrenos pegajosos de vícios e autodestruição em
massa, que significa esse momento dos
seres humanos.
Disso falam as
emergências dos hospitais, as penitenciárias, os bares, multidões embriagadas
nas noites perdidas dos campos de batalhas. Espécie de saturação existencial
resulta noutros dramas maiores, quais sejam insegurança das cidades, criminalidade
ostensiva e falhas éticas dos que recebem a função de conduzir a sociedade no
rumo correto.
No transe aberto
desses tempos metálicos, no entanto, as leis da Eternidade continuam leva
adiante novas palavras de sobrevivência das espécies, trazendo filhos e os alimentando
da Esperança, apesar dos atos contraditórios verificados.
Se nem sabem cuidar do
pequeno território do corpo, que sustenta as relações pessoais e coletivas,
imagine querer mandar no Universo, pretensão de tantos necessitados nas suas
viagens exóticas...
Nenhum comentário:
Postar um comentário