Época recente, segunda
metade do século XX, e os meios de comunicação de massa invadiram o mundo. A
indústria passou a produzir em série os bens simbólicos através das usinas de
massa, com isso pondo por terra quaisquer chances de preservar a autenticidade
no que tange às culturas milenares locais.
Atraente, belo,
correto, passou a ser só o que vem lá fora, de chicletes a automóveis,
brinquedos eletrônicos, perfumes, alimentos exóticos, frutas, moda, esportes,
lutas, o escambau a quatro. As máquinas viraram moeda de troca cultural
dominante, no imperialismo do comércio das consciências.
Filmes, livros, peças
de teatro, discos, tudo enfim peso pesado no exterior, mandado através do
rádio, da televisão, das editorias dos jornais, salas de cinema, numa profusão
monumental de invasão estrangeira que deixa tonta a sucessão dos países menos
poderosos nesse contexto de elaboração dos produtos culturais.
O esforço dos estados
pobres do ponto de vista econômico financeiro quase nem conta mais nos mercados
da oferta deste tempo sem paredes. Isso tudo, por conseguinte, que gera dois
efeitos bem perceptíveis: De um dos lados, a expansão da pesquisa e da educação
progrediram com intensidade jamais vista, partilhando os preciosos resultados
da ciência para gregos e troianos, russos e americanos, africanos e nórdicos.
Por outro, há colonização intensa das matrizes originais da imaginação desses
povos vencidos, setelitizados em troca da dominação imposta de cima para baixo
pela força do lucro das corporações, independente de critérios universais,
inseridas no campo internacional da política.
Sem que considere a
estética e a herança particular das tantas e inéditas regiões humanas em seus países
distantes ou próximos, a cultura de massa as tritura com a lâmina de aço dos
produtores invasivos o que desconhece nos planos de invasão, peças de manobra
que se tornaram os elementos da riqueza individual dos grupos humanos
esquecidos e pouco integrados nessa estética nova da massificação.
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