A essa altura dos acontecimentos, poucos cidadãos
acreditam que se chegue no termo bom e válido de todos esses rompantes de
denúncia, acreditadas ou não, que invadiram a mídia e fizeram festas dos
milhões de telespectadores afeitos à enganação sensacionalista dos tempos
modernos, por via de uma televisão mãe de todos os males da hora crítica,
agonizante. Quer-se, a qualquer custo, o anestésico dos dias iguais em que
viraram as seqüências repetitivas dos nasceres e pores de sol e seus programas
amestrados.
Mas seria confiar demasiado
naqueles que lá chegaram por força da permissão dos poderes constituídos pela
macroestrutura e pelos vícios do sistema esperar que métodos diferenciados
pudessem aflorar, sem mais nem menos, diante de tudo aquilo imposto pelos
proprietários da riqueza e seus esquemas espúrios de manter-se no auge da
posição, domínio comum das massas humanas de rebanho. As práticas são essas, e
pronto, quem quiser que conte outra...
Diante, pois, disso em que se
reverteram os escores parlamentares nacionais, matriz de tanta crítica, aqui e
no estrangeiro, acalmam-se os nervos à espreita dos próximos capítulos dessa
novela de notícias que já se sabia muito antes de conhecer.
Não poucas vezes sonhos quiseram
dominar o tablado real, sem, contudo, disporem das mínimas possibilidades a que
tanto acontecesse, deixando de fora os idealistas que vem e vão ao sabor das
safras de sonhadores alienados, cobradores de espaço na ilusão das hordas
despersonalizadas e submissas.
No andar dos tempos, vez em
quando, eclodem as grandes catástrofes de conquista, a pretexto de nortear o
sopro dos ventos econômicos. Guerras santas, de mercado, racistas, pluralistas,
fontes inesgotáveis das divisas dos industriais das armas de ponta, que pululam no mundo inteiro, ao sabor das
contingências e dos valores, marcas indeléveis da fome de poder que impera na
face deste chão rico de chances naturais.
Querer diferente impõe margem de
erro que se acha fora de quaisquer cogitações oficiais. O primata vaga,
portanto, nesse mata-borrão à cata do que comer e come poluído, regrado e
químico, era de poucos amigos e muitos concorrentes.
O tipo médio de pessoa de hoje
pouco sabe do que ocorre além da história permitida, conquanto as ações do
controle social raiam limites jamais avaliados na ficção corrosiva dos arautos
pessimistas da primeira metade do século XX. A mediocrização dos seres humanos
anulou perspectivas revolucionárias e o fruto de tal imposição varia do zero ao
infinito, por conta dos meios de comunicação de massa.
Assim, meios de comunicação de
massa e poder econômico geram poder político, o que, a modo seu, resulta em
novos meios de massa e poder econômico, no ciclo persistente da dominação
capitalista selvagem, de homens medíocres feitos crias de chocadeira, as quais
são transformadas em votos, numa pseudo-democracia que nada indica seja o
quadro transformado antes dos fins dos tempos conhecidos, no trilho de uma
consciência ora apenas em fase de germinação.
E mais ainda ...
ResponderExcluirA mania de julgar as pessoas e coisas sem um real conhecimento, é uma praxe quase que generalizada na cultura ocidental ...
Através do espaço TELEVISIVO, jornais e outros meios ... Jornalistas e comentaristas se arvoram em denunciar, julgar e condenar as pessoas, inclusive com análises psicológicas instantâneas, sem darem a mínima chance ao contraditório ... Onde está o cumprimento da Carta Magna e seus tão auspiciosos Princípios? ... Podemos até fazer uma analogia com as inquisições de séculos e séculos atrás e as arenas da Roma antiga, só que agora, ao vivo, a cores e digitalmente para milhões e milhões de pessoas ... Quase sempre explicito ou implicitamente visando a defesa de seus próprios interesses e/ou de seus financiadores ... Tudo na ordem instantânea do consumismo exacerbado e doentio ... Onde a propaganda, que “eles” vendem por cifras astronômicas, alienam cada vez mais a juventude e até os ditos experientes, inclusive em “inocentes” novelas ...
É meus amigos ...
Realmente é inegável a evolução tecnológica que a humanidade conseguiu... Mas em termos de evolução da “verdadeira consciência”, visando o bem comum e a “verdadeira” felicidade ... Estamos há milhares e milhares de anos-luz ...
Carlos Marcel Rodrigues Araújo