Os materialistas
quiseram negar o princípio abstrato da Natureza, mas como fazer isso sem usar o
pensamento e a vontade, que, a seu modo, também compõem esse mesmo princípio
abstrato?! E no uso da vida, que funciona sob conceitos abstratos, dentro do
tempo, fator por demais impalpável que se manifesta e estabelece condições
ausentes de tridimensionalidade material?!
Presenciar as
consequências das ações alheias alimenta o aprendizado humano e economiza o sofrimento
de que presenciar. O esforço de obter o equilíbrio necessário à vida exige,
pois, utilização desse princípio natural, o que representa atitude
voluntariosa, fruto das existências irreversíveis, imperceptíveis do ponto de
vista só material.
O simbolismo de quase
tudo o que ocorre em volta, desde o som às mudanças de temperatura, valores
coletivos, doutrinas políticas, sociais, religiosas, movimentações deste plano
físico, se dão sob níveis de percepção dos sentidos, por si regidos pela ordem
nervosa da área das sensações abstratas do mundo das ideias.
Por que, então, a
dúvida quanto às conotações espirituais, para pretensos materialistas?
Os chineses de
antigamente incluíram na dominação materialista os fenômenos, o universo das
cenas invisíveis, espirituais, âmbito das energias, somando tudo ao todo
universal. Essa intemperança dos filósofos ocidentais, contudo, restringiu as suas
observações aos fenômenos observáveis diante do restrito domínio de controles
estabelecidos na ciência oficial, estágio apenas mensurável e repetitivo do
método adotado.
Vistas em confronto as
duas correntes filosóficas clássicas, porquanto agora o Oriente é quem corre
atrás das produções industriais de concorrência, para impor sobrevivência perante
os povos mercantilistas do Ocidente, pouca herança ainda existe das lembranças
desse passado adormecido, quando imperava as técnicas alimentares e os costumes
de tratamento à base de escolas trazidas pelas guerras e migrações ao lado de
cá do Planeta. O que fora um materialismo agregador, holístico, dos chineses,
ora virou materialismo resultado, objetos e transações comerciais talvez mais
tacanhos do que os das frias escolas ocidentais.
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