segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Tempos bárbaros


Pouco importam os signos, a mesma humanidade avança na preparação de novos confrontos pelo mundo. Armas desenvolvidas pelos séculos tremem às mãos das lideranças em jogo. Quer-se comentar aqui uma notícia que repugna e clama justiça, por demonstrar a deficiência que caracteriza as ações coletivas de povos seguidos, desde tempos de passado mais remoto, quando se conhecia quase nada do que ora se conhece. E ainda hoje governantes de países ditos civilizados insistem na destruição do semelhante, sobretudo menos aquinhoado, sob pretexto frio de domínio econômico, na mistificação de paz que nunca chega.

Queres a paz, prepara-te para a guerra, diziam os romanos. Enquanto tais atitudes ganharam foro de regularidade as cartas imbecis dos dominadores, o Planeta sofre e se arrasta, às vistas inúteis da grande população alienada.

A essa comédia de erros em que se transformou a sobrevivência do ser humano na Terra somem-se as recentes providências quanto à indústria das armas atingir proporções jamais registradas na História. O poder de fogo e destruição das formigas humanas ameaça até as futuras gerações, nas marcas deixadas com a guerra. Nesse passo, qualquer leigo sabe da fragilidade de sua opinião particular tímida, que perdeu determinação nos resultados.

A multidão, quando se reúne para comemorar em largas euforias, nas praças, nos estádios, comemora o quê, ninguém sabe, nem pára, querendo responder, porquanto virou só um número financeiro nas vendas, nos mercados bêbados da farra homérica que parece a tudo envolver e destruir.

Chega de guerra, pois ainda existem chances de viver. Há que se aguardar o mínimo de sensatez para reverter o quadro dantesco em que se transformou a segurança entre as pessoas. Já que a resposta não nasce da multiplicidade e dos líderes mundiais, que possa aflorar de cada um de nós, na luz da transformação individual.

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