quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Um jeito de ver

Lá um dia, alguém há de contar as nossas histórias. Os dias passam numa velocidade inevitável. Meios mais acessíveis permitem agora que conheçamos, nos mínimos detalhes, acontecimentos e versões de todo lugar. Ninguém fica à margem dos detalhes desta fase onde quer que esteja. Tudo perante os avanços da tecnologia. Com isto, o que se tem de administrar? A forma de analisar o que acontece. Exercitar uma prática de trabalhar o panorama através da compreensão individual de tudo, sem deixar ser levado pelos interesses em jogo. Durante todo tempo, na conta das remotas eras, que existe a manipulação das massas. Enquanto estejam sendo favorecidos, os indivíduos silenciam diante das atitudes de comando ainda que absurdas.  

Qual silêncio conveniente, indivíduos pouco exercem o poder da própria consciência. Conquanto sejamos dotados de liberdade interior, muitos desconhecem a condição. Hoje, no mundo inteiro, bem dizer, impera o princípio do faz de conta através de que os poderosos determinam e os demais só aceitam, sob pena do isolamento, da perdição. Até então, a força de coação determina o painel das contradições da raça inteira.

Fora disso, restaria o princípio do autoconhecimento, fórmula de afirmação individual que requer exercício da liberdade em seu real aprimoramento. Independente do que ocorra no plano coletivo, um a um todos somos detentores desse instrumento por demais poderoso e próprio. Mergulhar em si até desenvolver o senso dessa potencialidade sem igual seria a fórmula de determinação. Daí, além de meros joguetes nas mãos dos outros, haveremos de encontrar o crivo dessa razão e construir novo mundo.

A cultura teria tal finalidade, oferecer os meios da libertação com que tantos sonham desde sempre. As artes, as filosofias, ciências, religiões, escolas, a isso indicam mil fases que nos chegam às mãos a toda hora. Mas tal exige coerência e prática através do quanto façamos de nós mesmos nesse universo.

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