segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Entre a teoria e a prática

              

Faixa estreita por demais daquilo que vem aos pensamentos e se transforma na matéria-prima do Destino. Nós, quais instrumentos da prática inevitável do que acontece aos nossos olhos, por vezes sem que possamos controlar ou evitar. Essa faixa quase imperceptível do tempo em nós, que nem chega e já desaparece nas fogueiras dos momentos, e nos tornamos, vezes sem conta, meros apreciadores das ações desse invisível, inderrogável, fruto de autor do quanto existe e dele somos parceiros, nas sombras das nossas interpretações. O que é certo, agimos lado a lado com as hostes que levam tudo adiante sob suas atitudes exatas de fazer e acontecer.

Passássemos turnos sucessivos a aprimorar a nossa participação nessas movimentações dentro e fora da gente, e restaria margem nebulosa a dizer do que fomos autores ou só simples expectadores. Mesmo de tal modo, primamos a identificar as reais condições de ser e viver individualmente, vaidosos parceiros exclusivos da presença humana junto a isto.

Eis papel crucial a defender, qual seja a urgência que dispomos de exercitar a capacidade individual de estar aqui e possuir uma inteligência rodeada de sentimentos e emoções a determinar a que vimos e, quem sabe?, até onde chegaremos algum dia. Ninguém foge de si; há nisso uma tónica irreparável, uma sentença primordial. Em seguida, a pergunta fundamental, qual seja a missão de toda pessoa? O acervo das questões essenciais a responder depende, pois, das nossas ações efetivas, além da teoria do intelecto, porém isto que bem determina a paz da consciência de um ao outro. São muitas as respostas, na proporção de todos e suas qualidades.

Enquanto isto, sobreviver às contradições do exercício daqui do Chão, das responsabilidades a braços (.. cada ser humano é uma parte do continente, uma parte de um todo, John Donne), vindo disto o princípio da participação coletiva à medida em que evoluímos passo a passo.

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