quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Páginas soltas IX


Nesses tempos inesperados, se acentuou sobremaneira a distância entre as pessoas e as nações. Já não havia tanta facilidade entre elas, a não ser face aos interesses parecidos das classes dominantes. Cada um por si e Deus por todos. Fase esdrúxula da história humana. Evidencia-se jogo de sobrevivência qual razão essencial, largadas de lado razões outras. Mero jogo de conveniência. Uma montagem de futuros em ritmo jamais imaginado. Resultado, em tudo cálculos e medições. Os frutos desses métodos deram de encontro nas barreiras do egoísmo. Fazem leis, criam doutrinas, erguem edifícios; um afã acelerado que redunda nisso que aí está e toma conta do que existe em velocidades extremas.

Quando criança, avaliava viesse conhecer tempos diferentes, aonde pudessem praticar as lições aprendidas nas grandes guerras, nas divisões de países pelo poder de dominação das massas. Contava ser bem compreendida a História e seus desmandos anteriores, face ao que sofrera a Humanidade nos tempos anteriores. A juventude desse pós-guerras demonstrava outros sonhos. As artes e a cultura ofereciam meios de aprimorar as relações humanas na prática do conhecimento adquirido pelas dores. Isso se evidenciou na década de 60, pelo mundo inteiro.

Assim, contudo, veria a ser diferente do desejado, aguardado com tanto afinco. Logo cedo vieram novas guerras, então localizadas, que nunca cessaram, até hoje. Potências em confronto à busca de dominação, numa prática gananciosa e interesseira, a sacrificar a juventude e os povos a favor de minorias de poder. Dói ver tais atitudes, principalmente daqueles a quem entregamos a administração das populações. Existem agora apenas sítios de riqueza, que mantêm o padrão sob os riscos de um Planeta em convulsão e injusto nos modos de aproveitamentos dos recursos naturais.

Isto faz com que busquemos níveis de evolução sob o risco de dúvidas atrozes, sob a imposição dos mandriões inconscientes da  finalidade do quanto conquistamos no decorrer da experiência. Quais sujeitos aos mesmos altos e baixos dos séculos, resta-nos sonhar com dias melhores e menos frágeis, ao sabor das justas realidades do progresso e da paz.

(Ilustração: Prometeu acorrentado (reprodução).

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