sábado, 26 de agosto de 2023

O desconhecido das eras


Por mais que se pretenda, haverá um véu que encobre as noites, enquanto que luzes brilham intensamente no Infinito. Aqui todos a enxergar apenas o tanto que lhes é dado compreender, deixando margem inatingível de chegar ao absoluto. Somos multidões informes que vagam ao léu dos pensamentos. Querer saber mais, todos querem. No entanto restritos só ao nível das possibilidades. Diante, pois, dessa muralha intransponível, adotamos a vastidão desse deserto qual norma de conduta. Agimos. Fazemos. Impomos. Nuvens que passam diante do Eterno que nos observa e rege os acontecimentos. Bem isto do pouco que ora somos.

Fragmentos de um quadro bem maior de consequências e finalidades ainda desconhecidas, palmilhamos, tateamos os céus feitos entes intermediários de possível perfeição lá um tempo, de quando despertar a um plano definitivo. Todavia dotados de instrumentos maravilhosos a serem exercitados à medida que aprimorarmos os sentidos da busca.

Quanta luz no silêncio das eras. No exato momento, às nossas mãos, vive o pomo do mistério a ser desvelado. Em tudo e por tudo, herdeiros universais da Criação, é isto que somos em verdade plena. No centro, na essência, revelamos passo a passo a real finalidade que nos compete. Filhos e senhores do Tempo, nele habitamos, autores da nossa mesma consciência.

Na medida em que disto formos cientes, iremos saber a sorte que ora compõe o universo da nossa existência, e, afinal, integraremos o Sol que em nós viceja. Sois deuses e não o sabeis, disse Jesus. E, nisto, cumpriremos a missão original de viver para sempre a função de estar aqui e persistir no íntimo de tudo quanto há, seres imortais, fonte de luz e paz. Em resumo, a matriz da Natureza revelará em todos a justa finalidade e o princípio que deu causa a tudo o que existe e existirá.

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