sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Uma só e aparente solidão


Nessas manhãs de dezembro, dia chuvoso, frio, daí a gente lembra outras ocasiões de manhãs de dezembro, dia chuvoso, frio, e se imagina de novo a viver aquelas ocasiões. Revive o que existia no ânimo através dos pensamentos. Lembranças vagas de angústias, saudades, ausências. No entanto jamais, que seja, estaremos sozinhos face às existências em movimento. Acalmar os sentimentos e observar em volta. Os sonhos falam disso, de viver as horas na forma de poder aceitar que tudo estava seguindo certo no objetivo exato.

Afinal permanecemos sob nosso comando e colhemos o plantio daquilo que plantarmos de paz. Foram muitos momentos quando ouvimos dos mistérios seus segredos. Sempre haverá o pouso das razões no intimo, lugar do que tanto buscávamos que já estava aqui conosco. Excessos de procura enquanto permanecemos no mesmo universo que somos.

Um a um, compomos o quadro deste mundo. Partículas em ação que persistem na busca das causas definitivas. Encaixes perfeitos dos sentidos que procuramos e precisamos compreender o que trazemos na face. Desde que olhemos dentro dessa presença de ser, acende a luz da Criação, porquanto senhores da revelação.

Desejos e aspiração de harmonia moram na consciência. Contudo haverá ao nosso dispor as atitudes perante o Infinito. Uma simples providência, as escolhas, determina o resultado que quisermos. O mais serão os frutos do futuro. As sementes, os pensamentos, as palavras, as práticas, vêm abrindo nossas estradas e acalmando a sequência natural da evolução.

Nessas manhãs frias, chuvosas, de dezembro, ao escutar o canto dos pássaros pelas encostas da serra e observar pequenos detalhes dessa imensidão, um pouquinho de lembrar-se de si fará enorme diferença. Oferecerá fortunas de bênçãos. Trará o que desejamos. E as cores da natureza em volta ganharão novo brilho de amor e paciência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário