terça-feira, 28 de setembro de 2021

O senso incomum


Tantas vezes quantas, aos olhos do Tempo, há de nascer o Sol? Das praias do infinito de nós mesmos, diante do eterno das vidas, virá o senso de compreender o Destino. A quem perguntar se não a nós próprios, nas entranhas da Consciência?!

Sei que já existem, vagando pelos céus, todas as respostas que transportam no íntimo e adormecem nas visões de todo instante. Vivem soltas nos preceitos da liberdade quais peixes no oceano das presenças. Alimentam o desejo de sobreviver, conquanto guardem consigo tudo e mais que houvesse, porém quais pequeninos seres ainda inocentes da grandeza do Amor lá de onde elas vêm vamos aqui nesse hemisfério de largas expectativas.

Somos assim tais guardiões do segredo universal, longe que seja das visões que desmancham o dia em milhares de fragmentos. Deslizam na alma dos mundos e desaparecem, no entanto sempre a testemunhar sequências dessas estações do trem imóvel da Eternidade. Seguimos soltos à busca de achar o jeito de dominar os acontecimentos, cientes das possibilidades imortais que eles transportam e que somos nós.

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À medida que andamos, descobrimos que o passado viveu mergulhado em nossas lembranças, na busca de preencher de lições o que ali vivemos. Uma ficha constante das nossas ações alimenta o que hoje significamos nalgum lugar do Universo. Qual escrevesse o livro do que precisamos ser, reajustamos nossos praticados e usufruímos o melhor do que fizermos.

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Diante de tudo, portanto, há um vazio imenso das histórias que têm de acontecer logo, em frente ao correr de cada momento, no abismo das eras que se sucedem. A chama do transcorrer nesse fio ininterrupto do tempo aos nossos pés reclama consciência do que vivemos. Mistério profundo, fluxo contínuo de necessidades que a tudo envolve sem alternativa. Enquanto isso, seguimos a passos largos rumo ao enigma que nos aguarda de braços abertos, resposta de todas as perguntas possíveis e imagináveis, no fim e recomeço. 

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