domingo, 8 de agosto de 2021

O Universo em nós


Dentre os enigmas do destino, há isso de transportar conosco aonde formos o Universo. Partículas do grande todo isso é o que somos. Dar-se o jeito de viver com arte. Descobrir a infinitude da vida que significamos. Fagulhas do Sol. Alentos das matas. Ondas de mar sem limites. Isso que somos todos, independente da vontade de quem seja. Artífices da sorte, peças de um quebra-cabeça que montamos toda manhã. Nem de longe resta fugir, pois não existe outro pouso. Seres, assim, suficientes, transportamos meios de encontrar nos achar lá no íntimo.

Nítido quadro da existência, mantemos o movimento das esferas nas limitações de uma consciência em desenvolvimento. Trabalhamos os passos que nos conduzem à libertação. Trazemos, dentro do cosmos que habitamos, a luz da percepção. Destarte, cápsulas desta evolução pessoal, revivemos a criação da Eternidade quando vivemos. Instrumentos, pois, da revelação desse processo, equilibramos o conhecimento na forma que compreendemos e praticamos o que compreendemos. Dotados de todas as peças a isto necessárias, funcionamos no ritmo da presença de agora, olhos postos no futuro. Ainda que desejássemos demasiadamente, o trilho equivale à oportunidade única de estar aqui neste mundo.

Daí, dispositivos da humana transformação em novos emissários da perfeição, fazemos parte integrante do sistema universal das criaturas. Regidos pela disposição da felicidade que transportamos na alma, vivenciamos o dever de recriar o equilíbrio do qual nascemos. Momentos sem fim, alimentamos a esperança de paz que nos chama diante do eterno. Com isso, preenchemos, do início ao término, a Natureza, tais moléculas de compreensão, partes integrantes da história durante todo tempo. Desse modo seremos trabalhadores efetivos das origens do que existe e modificamos a sorte em favor da certeza de um Eu Maior que somos desde sempre.

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