quarta-feira, 17 de junho de 2020

Ouvir os tempos e sonhar acordado

Alimentar a certeza de que a Civilização dos primatas inteligentes parece querer refazer os rumos da caminhada após o susto por que passamos nestes dias de momentos incertos. Que haveríamos de regressar ao mistério ninguém dispõe de argumentos contrários. Desde as fogueiras e cavernas que imaginamos chegarem os deuses e nos levar consigo. Olhos fixos nas estrelas, catamos os limites do Chão que nossa gente ainda desconhece. 

Porém o movimento das estações indica possibilidades amplas de salvar a pele das gerações mediante a vinda desses emissários das profecias, que virão dotados de tecnologia suficiente a vencer poderosos impérios no concerto das nações. Que conhecem de tudo, inclusive da missão que lhes permitirá renovar a face deste mundo.

É bem do atual instante a dúvida atroz do que virá logo ali adiante. Que outra vez o susto causará especulações financeiras, varrendo o Planeta quais guerras sem quartel, porquanto sobrou quase nada do que era no passado. Perante a periculosidade todos tratam de render homenagens à religiosidade da fé e da esperança, conquanto silenciam os astutos, escondidos debaixo da lona do circo. Avisaram os arautos que há Justiça maior, pronta a entrar em ação de uma hora a outra. Quem tem olho fundo chore cedo, no dizer popular.

E o que mais pesa nos humanos representa ter de encarar a si próprio no decorrer das horas mortas. Enquanto a volta parecia lá longe, de repente se vê bem perto, na próxima esquina, episódios e seriados assustadores. Com isso onde ficarão a fama, a fortuna e o glamour, na casa do eu sozinho às portas da inexistência dos seres? A realidade que gritava nas escadarias do Infinito ora encontra presença dos que sonharam com a Salvação. Os dias de hoje constituem essa clareza de propósito dos destinos. Nas horas críticas comporta, pois, grandes as reflexões do pensamento.

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