segunda-feira, 15 de junho de 2020

Afirmações e movimentos no mar das interrogações

Mediante o rolar das esferas nos céus afora, gritos ecoam além do Infinito. Ninguém de sã consciência arriscará palpites do que voa feito pássaro gigantesco de asas monumentais. Isto de que falavam arautos do fim dos tempos, pitonisas e menestréis, do pouco, ou quase nada do que resta das certezas, grandezas perderam o glamour e fortes ventos varrem as praias velhas, numa espécie de revelação das causas e consequências do inútil.

Veja bem, insisto ser um otimista. O que sobrou na estrada servirá dalgum modo à construção dos tempos que chegam. Jamais fugiria de, portanto, aceitar a força de um Desconhecido maravilhoso, do Poder por excelência. Digam o nome que acharem ideal, de Quem criou e preserva o projeto inigualável da Natureza mãe. Por tais razões, buscar compreender o que está por trás dos fenômenos se tornar causa suficiente de insistir na descoberta da História.

Ao deparar situações extremas, o ser humano mergulha à procura das respostas, entre deslumbrado e ciente, no entanto alimentando o desejo de desvendar os enigmas, insistente e impávido, que sai por aí indagando, virando folhas secas, colhendo ossos e medindo distâncias. Ele, que escolheu lutar ainda que consigo próprio, visão e fantasma, nas mais frias madrugadas.

Tantos e tantos sábios imperam nos compêndios e vidas largadas às gerações, e nisso mudam o temperamento e as perguntas, mas parecem impossíveis que fossem alimentar conflitos e guerras, sem razões que representassem os sonhos imortais das gerações sacrificadas. 

Nessas horas, de olhos ressequidos pelas visões, vamos tanger a Civilização, dotados de motivos gloriosos sob a permissão dos séculos, com fé e esperança a todo momento, algo religioso, puro e simples. Nunca descrer, mesmo frente ao furor das tempestades, conquanto há um bem maior que rege com amor a Verdade da existência.

(Ilustração: Biblioteca na República Tcheca).

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