terça-feira, 12 de janeiro de 2016

No vão das almas sinceras

Essa necessidade intensa de querer paz nas consciências toca de ansiedade os milhões sem anistia espalhados pelo mundo. Migram, invadem supermercados, deslizam de prancha as águas do Pacífico e levantam cedo a fim de encher o bucho, na mágica do instante em muito falso território da propaganda política das lojas de pesticidas. Pisam maneiro o tapete do desejo de nutrir a fome de prazer nas costas alheias, tolos filhos doutras bestas. 

Isto que tal o retrato desses dramas humanos diários de planetas desabitados na personalidade das gentes acomodadas. Lama, muita lama, no entanto eficaz de produzir os assalariados que alimentam a história dos países. Andam hoje meio tontos de falar em crise, pois assim determinaram mercados internacionais. Enquanto a fome nunca deixou de vadiar nas atitudes morais das pessoas. Apostam nos riscos da miséria, querendo após fugir do que plantaram na senda e nos destinos. 

Houvesse outros estados de viver que não fosse este onde habitamos agora, poder-se-iam descrever novas possibilidades além dos limites rurais do cotidiano. Igualmente correm ao passado justificando horas melhores, elas, contudo, despareceram no campo da prova do rol das lutas. Impávidos, se tornam ao futuro distante das ficções, fora também de mostrar a face verdadeira que pudesse haver lá longe nos infinitos. Prudentes, reis erguem a taça e derramam vidas pelas bordas do despenhadeiro no dia seguinte.

De tanto falar em situações adversas, as massas correm risco de aceitar que perderam o prumo e baixam a cabeça às eleições de nomes que prometam mudar rumos da economia. Tudo mera conjectura de quem acredita possa transformar pedaços de chão em normas de vida social. Essa estória é antiga, meus irmãos.

Nisso, durante as épocas de mau gosto nas artes, sobretudo na música eletrônica agressiva pela qualidade do som jogado na cara dos populares sem resposta correspondente, e o trem avança às vezes num ritmo de frustação jamais imaginado. 

Pede, pois, o temporal das revelações que adotemos o conceito de aprender da gente mesma e refazer as paisagens que exigem transformação de dentro da própria pessoa humana, deixando de aceitas as balelas dos gramofones. 

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