segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Bem dentro de si

Agora e aqui neste lugar de mundo que as palavras podem descrever, no entanto pouco visitado por mim mesmo, há pássaros cantando de manhã ao sol, trinos distantes da música livre do silêncio pelo ar, som das esferas em movimento contínuo, vagando ajustadas ao eixo do Infinito. Sentidos alertas observam horas que passam céleres diante dos elementos empilhados rígidos à volta da paisagem espalhada na visão, durante o tempo que registra os pensamentos de um peito aflito de sentimentos indefinidos e tantas imperfeições flutuando pelo horizonte pleno de presenças da existência lá de fora da gente. Qual determinação que tem as forças desconhecidas, tange barco preenchido de tripulantes inúmeros no constante diálogo a determinar o roteiro dos destinos tantos imaginários, seres que cabem na palma de uma única mão, multidão inumerável, entretanto. 

Há nuvens de vontade que pede o bem qual escolha obstinada de organização do sentido desse projeto inteiro de ser que sou. Bate no teto da alma afirmação soberana, em ritmo de tocar adiante desejos intensos de buscar o jeito sadio de sobreviver sem desmanchar o amor incansável das cenas dos dias magistralmente traçados aos existentes, pegos na sensibilidade e conduzindo ao templo da permanência, qual menino encaminha cego através das veredas imensas da floresta das certezas. Passos tocam o solo sagrado deste chão, firmamento da orientação, plantando consciência quando valores vão e vêm a todo momento, inesperado das dobras que indicam claridade forte de luz intensa. Gosto de receber essas normas e chegar ao lugar certo até nele permanecer definitivamente, na sombra de árvore monumental e raízes fincadas no âmbito da Verdade imortal.

Conter, sim, a fome fácil dos prazeres e reclamar a atenção de achar disciplina nas escolhas doridas e solitárias, contudo necessárias e justas, de um código de honra a cumprir nas ações da existência. 

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