segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

As histórias da História


O homem é naturalmente um animal político.
Aristóteles

Neste momento, aonde for, iremos nos deparar com situações nitidamente fora daquilo tão desejado desde sempre face aos sonhos da humanidade no decorrer dos tempos. Lá antes, ainda na Grécia Antiga, pensadores idealizaram época quando se faria, na prática, o que guardavam das suas cogitações sobre a alma humana. Porém desde então experiências vêm sendo elaboradas através dos povos, sem, no entanto, chegar à esperada perfeição.

De piores a melhores instantes são registrados, a partir da prática política. Líderes e líderes entram no cômputo das oportunidades, assim, de igual modo visando transformar as sociedades, contudo logo em seguida muito do que trazem aos dias desaparecem como que por encanto nas gerações posteriores. 

Nesta fase, por exemplo, há nítida confusão entre política e finanças em tudo que é país deste mundo. Virou investimento privilegiado investir em cargos públicos. Isto por conta do poder que representa a mobilização do erário e do afastamento imediato dos cidadãos na zona de comando, vista a sofisticação da sociedade. Por mais que pretendam, os afazeres cotidianos fraciona a participação política, alienação necessária aos moldes com que lutam pela sobrevivência. 

O pragmatismo dessas horas significa entregar aos eleitos à distância e sob a propaganda massiva dos meios de comunicação o destino de tudo enquanto, a partir da organização precária das instituições aos valores morais e espirituais. Ninguém sente segurança ao escolher os próximos titulares dos postos ditos democráticos, quando, no chegar aos níveis de poder, demonstram, moto constante, profundas contradições naquilo a que foram escolhidos. Hoje virou pecha de atividade inglória a escolha dos nomes que governam, com raras exceções, o que, inclusive, merece destaque, qual não seja esta a missão essencial de quem foi eleito. Ser-se honesto, justo, ético, nesses tempos inglórios, só de longe vem caracterizando o exercício pleno dos mandatos outorgados pelo povo.

Bom, foram algumas avaliações que me chegaram ao pensamento, na intenção de interpretar aspectos característicos desses turnos da política, fruto de resultados que nos trouxeram até aqui na História contemporânea. 

(Ilustrações: O Gato do Rabino (Le Chat du Rabbin) – França, 2011
Direção: Antoine Delesvaux, Joann Sfar).

2 comentários:

  1. Pois bem, realmente é o que se tem, para o momento. Quiçá outros ventos possam aprazar outros tempos.

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