A importância de tudo isto que aqui se vive no decorrer das existências tem, pois, nítida finalidade, ou seja, encontrar consigo próprio, no desvendar do enigma deste Chão de tantas contradições. Afinal haveria de ser assim, demonstração perfeita da exatidão de um Criador sublime, sábio naquilo que faz e mantém na face dos momentos.
São muitos exemplos de respostas parciais, enquanto o Universo prossegue firme suas determinações, e a gente a observar os fenômenos, vivendo de dentro toda a história das almas nas sombras da perfeição que conduz o fluir dos acontecimentos.
Seres quais observadores de si mesmos, no entanto peças insubstituíveis da humana condição, desenvolvem o conhecimento e têm milhares de oportunidades na espera de reverter mudanças em favor de todos, contudo insistentes sacerdotes do egoísmo, já no limite das ações. Absortos nas chances jogadas fora, sentem por demais a fome da paz que agora circula solta nas nuvens e nos sóis.
Nisso, pelas frestas de pensamentos e sentimentos, começam a perder o brilho vaidades e prazeres, e, espécies de guerreiros individuais, um silêncio lhes fere nos desejos selvagens. Calafrios afligem o espinhaço das trevas e tais forçados da dor começam limpar as aparentes certezas escondidas pelos séculos, vendo de vez que há bem outras estradas no trilho das ocasiões.
Buscam o que sempre imaginaram devessem buscar; resolvem, por si só, ativar mecanismos da sorte que cumpram o roteiro de seriedade e deixam de lado as perdas ilusórias. Os mesmos que antes visavam instintos, descobrem existir novas luzes no firmamento. Querem a todo custo alimentar sentidos melhor responsáveis. Visto que hordas bárbaras invisíveis aceleraram o processo, nesta vida, rendem homenagem a novo pacto com o Destino e oram contritos aos Céus pela vitória do Amor.
(Ilustração: O Angelus, de Jean-François Millet).
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