É que a sustentação de tudo quanto existe neste Chão bem que representa só isto, de grandes monumentos postos sobre estruturas frágeis, incompletas, conquanto há uma destinação que diluirá aquilo que implica nas criações parciais do universo estreito que ainda somos no mundo da matéria. Claro que se quer que assim não seja, no entanto nenhuma alternativa de provar o contrário persiste diante do medo constante da inexistência. Argumentos não subsistem perante a queda livre inevitável das coisas e dos dias desse plano escorregadio que redunda em nada.
Face esses no entanto, aonde, pois, segurar o aparentemente seguro? Acreditar seria insuficiente Daí a larga interrogação dos argumentos de tantos que apostam nas casas da destruição e jogam fora a vida, a alma, o futuro, a história, os sonhos, nas empresas destinadas ao definitivo nas esquinas logo ali em frente. O que faz com que seja deste modo, de apostar nas casas da perdição quais dementes, quase sempre a roer os ossos da existência precária dos homens.
O cidadão imprime todo esforço em querer ser grande perante a sobrevivência, mesmo sabendo que nada persistirá. Todavia acredita no impossível e deixa a ilusão morar lá onde devesse alimentar outros motivos. Jogam a paz, o senso e a felicidade num lance de dados, largando o patrimônio da vida no escuro dos desenganos, levando consigo o desgosto e a inutilidade. Raros, raros, agem doutra maneira.
Estes querem acertar e renunciam ao descaso com que os inúmeros trabalham no acúmulo de riquezas, prazeres celerados, dramas e angústias, apenas a título de realizar a leviandade dos instintos. Tais vidas, tais mortes... Porquanto desacreditam, sem convicção, na continuidade dos seres que ora somos. Escolhem a letra que mata e desprezam o espírito que vivifica. Firmam os pés no lodaçal da fragilidade e desprezam o êxito de uma verdade maior. Escolhas versus escolhas...
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