Essa busca pelos caminhos do Infinito, que justifica a existência de tudo quanto há e nos dispõe preencher as horas quais sendo a derradeira a cada momento. O sentido da religiosidade que alimenta o sequenciar das civilizações desde sempre face toda aventura de uma humanidade ausente dos significados superiores. A intenção do encontro principal consigo mesmo, com o próximo e com Ele, Deus, na paz do coração. A fome e a sede que nutrem esta jornada dos seres humanos vidas a fora. A vontade maior de sobreviver diante das intempéries do Destino. Luz que ilumina o Cosmos e indica o desejo e os fenômenos pelos séculos dos séculos. Razão, pois, acima das razões, ali está o que todos anseiam diante dos mistérios, a certeza de Deus na alma.
E nós aqui vagamos, neste mar de dúvidas atrozes, prisioneiros do pensamento, enquanto os sentimentos puros aguardam ocasião de entrar em cena, livres de tensões e de meras considerações teóricas, ali quando a calma dos instintos resultar no merecimento de receber da Eternidade o salvo-conduto, isto nos permitirá vencer as barreiras da incompreensão e nos libertar no mundo ideal de uma vida verdadeira. Tão próximos e tão distantes, pois, pisamos a linha fronteiriça de todas as possibilidades, durante o que apenas sonhávamos com o instante de concretizar em definitivo a perfeição dentro de nós.
Esse o plano de todas as filosofias, psicologias e religiões, interpretar o mapa da Salvação na essência do Ser. No ponto equidistante da profundeza dos abismos e das estrelas do céu, no foco central da imortalidade, bem assim viveremos por força de uma nova percepção que permitirá vencer as circunstâncias materiais. Nessa hora, esperança viva de todos viventes, o Sol se fará mais nítido e Lua esplendorosa brilhará no seio do Universo.
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