Certa feita, Jean-Paul Sartre escreveu que, de duas uma, ou viver ou escrever, e ele escolhera escrever. Nem tanto, nem tão pouco significa tratar as palavras quais pescadores aos peixes. Há, sim, que sobreviver a tudo, conquanto independente de salvar os enredos e as histórias, por mais que elas sejam tão apaixonantes e prendam às malhas seus seguidores, desejam explicar mundos e estações. Isso assim pede, no entanto; aliás, além de pedir, exige atitude que priorize interpretações de causa e efeito, versões consistentes da existência real; contudo ainda fictícia. Aconteça, pois, algo nalgum pedaço de chão e bem ali aparece o instinto agressivo de juntar partes e montar as maneiras muitas de compreender e jogar dentro do aparelho digestivo as sensações, e esclarecer com que fim elas aconteceram.
Bom, nesse impacto quase absurdo de dar nexo às ocorrências e nunca morrer inocente de mostrar a finalidade de que tais ocorreram, então vem nisso impulso inevitável de achar a matriz das histórias. Descobrir a explicação do que trouxe Colombo ao Novo Mundo, espécie da fome de falar que causa as cólicas aos mudos de trazer à tona o quê, o porquê, das intenções acordadas que foram nos sonhos e que precisam nascer, de qualquer modo, logo na luz do dia.
Escrever é bom mas viver é melhor. Quando escrevemos de certa forma damos vida as nossas expectativas e sonhos. Escrever é muito gratificante, principalmente quando atravessamos uma determinada situação, seja pessoal ou de outra pessoa. Quem escreve deixa sempre um pouco si no relata não tem como ser diferente , é a criatura e a criação que numa simbiose de emoções trás à tona o que vive ou o que o outro vive. É assim e sempre será.
ResponderExcluir