Independente de fatores empresariais, a religião existe na alma e no coração. A busca das práticas fiéis, o clamor da solidariedade humana, a rejeição às práticas nefastas de uma civilização, que mata, fere, discrimina, escoiceia feito fera. As notícias que marcam a história, de crianças utilizadas nas guerras, adotadas de escudos nas escaramuças mais brutais. Esconder de nós mesmos, seus contemporâneos, isso ninguém conseguirá.
Enquanto países ricos jogam alimentos no lixo milhões morrem de fome nos países africanos. Enquanto isto, apenas o silêncio das nações vem de resposta. Dores atrozes que persistem depois de tanto que se existiu neste chão comum. Máquinas da indiferença constrangem até viver em época assim, diante de ausência de sensibilidade das lideranças e dos excessos de violência contra jovens menos aquinhoados, classes vítimas dos favorecidos nos recursos econômicos que pertencem à humanidade inteira.
No entanto a sabedoria dos povos haverá de construir mundo renovado, nascido na coragem dos que acreditam nessa possibilidade interna de transformar no mínimo a nós mesmos.
Creio que tantos agem de tal modo e que a sequência dos acontecimentos virá sob esse prisma de paz tão necessário. Das razões de imaginar isso, primeiro, a urgência dos dias melhores, conquanto baste de amargura e sofrimento. Plantemos nos dias atuais o presente de que necessitamos agora e sempre.
(Ilustração: Carme Solé Vendrell).
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