Já foram turbilhões de passados e os indivíduos persistem no velho desespero de revelar rotas de fuga; contudo são frustrados na memória das experiências, das ambições deslavadas, que amarguram no vazio de respostas a que pudessem dominar esse território. Tão ausentes de conforto permanente, andam açoitados pela fria razão, e nunca realizam plenamente a ânsia do absoluto.
Nadar no mar desse infinito significa, por isso, tocar adiante as frustrações e vencer o desencanto. Incríveis as lições do próprio corpo, cercado de sentidos, centrais de identificação da consciência aprendiz. A angústia, portanto, é viver de contradições. Querem ser felizes, todavia praticam egoísmo crônico. Planejam vencer os instintos, mas deixam que reinem soberanos. Entre animais ferozes e desafios diários, encaram a certeza do fim quais pagãos sentenciados à procura de novas ilusões.
Ondas gigantes por vezes parecem anular a sombra dos apetites; marchas colossais de sonhos brilham nas praias; nuvens encobrem os sentimentos, contudo jamais largaram os barcos ao tédio de quando tudo terminar em cada existência perdida. Apenas isso, heróis inacabados, prisioneiros de pensamentos andam em círculo à volta da única resposta, abrir de vez por todas o cristal da compreensão e aceitar os sentimentos que levam à estação da real Felicidade.
(Ilustração: Hieronymus Bosch).
Sentimento é sentimento, não temos como fugir disso. Podemos até nos contermos em nossas atitudes , mas não podemos matar os sentimentos da alma. Por mais que lutemos, levará um tempo até ficarmos livres do que nos sufoca e arrebata.
ResponderExcluirAcredito não haver entendido seu texto. As vezes penso que o sru texto trás sempre uma lição de moral na sua essência. Procuro não vê-la porque ler você me faz bem.
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